Herói de Mundial do Inter conta de “morte por engano”

Adriano Gabiru fez história no Internacional. Foi dele o gol do título mais importante da história do clube gaúcho na final do Mundial de Clubes contra o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Xavi, Puyol, Deco, Iniesta e do ainda reserva e iniciante Messi, em 2006. Suplente de um time que tinha Pato, Fernandão e Iarley no ataque, ele entrou no segundo para colocar o Colorado no topo do mundo e ficar eternizado na memória dos torcedores.

Anos mais tarde, em 2017, o ex-atacante com passagens por Olympique de Marselha-FRA, Athletico-PR, Cruzeiro, Figueirense, Sport, Goiás, Guarani-SP, Mixto-MT e Corinthians-PR  apareceu em um vídeo descontraído com amigos contando sobre o “tapa que deu no gol” e que o goleiro Valdés foi até mandado embora do Barcelona após o lance.

“Não lembro muito bem disso não, desse vídeo. Mas foi isso ai mesmo. Recebi a bola e dei um tapa nela para fazer o gol, ai depois mandaram o cara embora”, disse em entrevista ao Yahoo Esportes.

Gabiru também conta que o gol foi um marco não só na carreira dele, mas de todo o elenco do Internacional, que lutou bastante para chegar até o Mundial de Clubes e que em nenhum momento teve dúvidas da possibilidade de ganhar a partida contra o poderoso Barcelona.

“Não marcou só pra mim, mas para todo mundo. Todo mundo se entregou no jogo. Todos deram o melhor. O importante é que todos nós fomos campeões. Nunca entramos desacreditados. O importante é que a gente ganhou o primeiro jogo por 2 a 1, que foi complicado. Trabalhamos muito no Japão. Foi por mérito nosso mesmo. União de todos os jogadores ali”, relembra.

Morto por engano

Em setembro de 2016 Gabiru tomou um susto ao receber inúmeras ligações de pessoas próximas a ele perguntando sobre um boato de que havia morrido. A confusão começou após a Sociedade Esportiva e Recreativa Panambi-RS, clube que o atacante defendeu em 2015, informar sua morte à imprensa.

“Foi um clube que falou que eu tinha morrido, o Panambi. Falaram que eu tinha morrido, mas eu estava em casa. Eu vi num programa na TV a notícia. Todo mundo me ligando, até meus pais. Foi feita uma brincadeira de mau gosto comigo. Ai depois falei com todo mundo e ficou tudo certo. Geral me ligou, e tive que explica que estava vivo e tomando café em casa. O programa foi errado em ter dito isso. Que bom que deu tudo certo depois”, conta.

Apresentado em padaria

Outra história curiosa que Gabiru compartilha é de quando foi apresentado em uma padaria, também em 2016. Já com 39 anos, o ex-jogador deixou a aposentadoria e assinou contrato para ajudar o Taboão da Serra subir da Séria A-3 do Campeonato Paulista.

“Foi a primeira vez que fiz isso. Não sabia que seria em uma padaria a apresentação no clube. Tinha repórter de todo lado do Brasil, Rio Grande do Sul, de São Paulo. Foi a primeira vez que dei entrevista em uma padaria. Mas foi legal. Joguei alguns jogos lá, mas depois acabei saindo. Fui muito bem tratado pelo clube e pelas pessoas da cidade”.

Futebol só na TV

Aposentado e com a vida estabelecida, Gabiru não quer saber mais de futebol. O ex-jogador diz que agora trabalha com eventos com ex-jogadores do Internacional como Perdigão, Iarley e Índio e descarta qualquer chance de voltar a trabalhar com a bola.

“Não, não vou trabalhar com isso não. Não é meu ramo não. Prefiro trabalhar fazendo eventos, é melhor para mim. Negócio de ser treinador, auxiliar, não levo jeito para isso mesmo. É muita coisa, muita pressão. Em dois ou três jogos já mandam o cara embora. Não quero essa rotina não”, diz.