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19 April 2024
Fotos: Reprodução / internet

Técnico do Bahia prevê evolução da equipe e comenta sobre Hernane e Gustavo

Os atacantes Hernane e Gustavo estão vivendo momentos diferentes no Bahia. Artilheiro da temporada 2016, o “Brocador” só fez um gol no ano, contra o Moto Club, pela Copa do Nordeste. Recém-chegado ao clube, o “Gustagol” é, junto com o meia Diego Rosa, o artilheiro da temporada, com três gols marcados no Campeonato Baiano. Quando questionado sobre o momento dos jogadores, o técnico Guto Ferreira admitiu a pressão externa, mas projetou a evolução do atual titular da equipe.

“Importante que ele tenha feito os gols. Queira ou não queira, ele fazendo os gols, externamente – não internamente – acaba gerando uma pressão em cima do próprio Hernane, que marcou no primeiro jogo da temporada, um gol que foi mal anulado, senão nós estaríamos com sete pontos na competição. Com dois triunfos e um empate. E seríamos líderes isolados. Aliás, neste ano, já foram dois gols mal anulados nosso. Mas faz parte. Passando por cima de tudo e todos. E o Hernane, daqui a pouco, encontra o seu momento. Ele jogou quatro jogos. Neste último jogo, o goleiro não permitiu que ele fizesse. Mas ele participou dos dois gols da equipe. Fez um belo corta-luz para o Régis, fizemos um a zero; finalizou bem, o goleiro se esforçou ao máximo para segurar o arremate dele, mas deu rebote, e, no rebote, o Diego conferiu. Então a participação do centroavante passa por tudo isso. É um jogador que tem uma liderança, exerce liderança no grupo. Trabalha dentro do campo procurando fazer o melhor. Lógico que é exigido do centroavante a finalização, fazer os gols. E, daqui a pouco, começa a acontecer. Na hora certa, pode ter certeza de que começa a acontecer. E, logicamente, o crescimento do Gustavo vai gerando uma situação de pressão externa”, declarou.

O comandante do Esquadrão, no entanto, não descarta uma mudança no futuro. Ao falar sobre a alteração, ele lembrou da briga pela titularidade entre os meias Régis e Renato Cajá na Série B do ano passado.

“E se, amanhã ou depois, a gente chegar à conclusão de que realmente o Hernane não está conseguindo produzir e o Gustavo está muito bem… Nós já fizemos em outras situações. Todo mundo clamava por Cajá, e chegou uma hora em que o Régis estava mais sólido, o Régis entrou. Se isso acontecer, fatalmente nós vamos fazer. Joga quem está melhor. Agora existe um caminho a ser percorrido. Não é o simples fato de botar a bola para dentro. A equipe está ganhando, o jogador está participando. Não está tendo o último toque. Mas não está no contrato dele que ele tem que fazer gol todo jogo. É colocado, dentro de uma cultura do futebol, que o 9 tenha que fazer o gol. É importante que ele faça, mas não está no contrato dele que ele tenha que fazer gol todo jogo. Temos que analisar uma série de situações e, dentro dessas situações, se a gente achar que o desempenho do outro é mais produtivo para a equipe, vai jogar o outro. Se a gente achar que é o Hernane, pode ter certeza… Como a gente vem achando que é o Hernane. E, daqui a pouco, como a gente usou em Teresina, contra o Altos, se a gente achar que é os dois, vão os dois. O importante é ter jogadores que possam fazer os gols”, completou.

Sem Hernane e com Gustavo, o Bahia volta a jogar na noite desta quarta-feira (22), às 21h45, pela sexta rodada do Campeonato Baiano.

Por Ulisses Gama / BN