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3 May 2024

A situação é preocupante para os moradores de Itabuna, no Sul da Bahia epidemia mosquito Aedes Aegypti.

A situação é preocupante para os moradores de Itabuna, no Sul da Bahia, que desde o mês de dezembro tentam combater um surto de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Com unidades hospitalares lotadas, médicos do município se esforçam para atender a população – que chega a passar 10 horas aguardando atendimento. Para amenizar a situação caótica, algumas unidades de saúde iniciaram neste domingo (14) uma estratégia para acolher os pacientes com sintomas de dengue, zika e chinckungunya.

O Hospital São Lucas, que trata de pessoas com doenças do coração e câncer, teve que se adaptar para atender a demanda dos últimos meses. Uma equipe precisou ser encaminhada à unidade para auxiliar nos atendimentos. No Hospital Calixto Midlej Filho, um espaço específico foi criado para triagem de enfermagem onde todos os pacientes classificados com suspeita das doenças oriundas da transmissão do mosquito são conduzidas para outro atendimento.

Em conversa com o B N na tarde deste domingo (14), a coordenadora médica do pronto atendimento, Lívia Mendes mostrou preocupação com a epidemia na cidade. “Tivemos que improvisar um espaço para atender estes casos. Aumentamos a equipe médica, de enfermagem, pois a epidemia é grave e os hospitais estão sobrecarregados”, aponta.

A Secretaria de Saúde do município vai inaugurar, na próxima quarta-feira (17), o QG de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti. A unidade funcionará 24 horas por dia para atendimento especializado e exclusivo a pessoas que buscam tratamento. De acordo com a secretaria, o local pode realizar até mil atendimentos diários. “O nosso objetivo com a criação desse espaço específico de enfretamento ao aedes [aegypti] é desafogar o atendimento em outras unidades de saúde do município. Nesse espaço nós teremos equipes voltadas especificamente para esses diagnósticos”, acrescentou o secretário da pasta, Paulo Bicalho.

Casos registrados

Em janeiro e fevereiro deste ano, já foram feitas 2.271 notificações. Foram computados 928 casos da zika vírus, em menos de dois meses deste ano, contra 2.089 no ano passado. Em relação à chikungunya há registros de oito notificações em 2015 e quatro casos neste ano.