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26 April 2024
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Absurdo! Temer comprou a salvação de Aécio por R$ 200 milhões

O presidente Michel Temer mobilizou-se para devolver ao senador Aécio Neves (PSDB) o mandato dele, a liberdade noturna e o passaporte. 
Segundo o colunista Josias de Souza, para virar votos no plenário do Senado, Temer autorizou seus operadores políticos a acenar com a liberação de R$ 200 milhões em emendas orçamentárias. Aécio precisava de pelo menos 41 votos, e teve 44. Nenhum senador baiano votou a favor do tucano.

O colunista detalha que os três apoios excedentes vieram da bancada do Mato Grosso do Sul: Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB; e Pedro Chaves, do PSC. Em privado, diziam que votariam contra Aécio. Após o aceno orçamentário, votaram a favor.

O senador Romero Jucá, presidente do PMDB e líder do governo, avisara que não daria as caras no plenário na terça-feira, mas Temer estimulou-o a comparecer. Presidente do Conselho de Ética, o senador João Alberto, estava com uma cirurgia agendada para o horário da votação, desmarcou. 

O senador Paulo Bauer, líder do PSDB, estava no hospital. Na oportunidade, Renan Calheiros (PMDB) ponderou: “É fundamental fazermos um apelo ao senador Paulo Bauer, para que ele faça um esforço a mais e venha. Afinal, o João Alberto cancelou uma cirurgia. E o Romero Jucá teve arrancada metade das tripas e está aqui. Firme”.

“Não basta a Aécio dizer ‘muito obrigado’. Temer espera receber sua retribuição na Câmara, onde tramita a segunda denúncia da Procuradoria contra ele. Aécio já ajudara a organizar o enterro da primeira denúncia. O Planalto espera que auxilie muito mais no segundo velório. Uma mão lava a outra. Mas o resto permanece sujo. O ruído que se ouve ao fundo é o eco do diálogo vadio que Aécio manteve com o delator Joesley Batista”, afirma o jornalista. Na conversa, Aécio negocia R$ 2 milhões em propinas, que foram entregues a seu primo Fred Pacheco, hoje em prisão domiciliar.

Agora, após a ajuda, o colunista revela que Temer quer receber sua retribuição na Câmara, onde tramita a segunda denúncia da Procuradoria contra ele. Aécio já ajudara a organizar o enterro da primeira denúncia. 

Agora, Temer tenta fechar a compra da bancada ruralista liberando a volta do trabalho escravo nas fazendas, com o fim da fiscalização – decisão contestada pela OIT e pela própria secretária de direitos humanos do governo Temer.