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20 April 2024
Foto reprodução

Bahia reduz contratações e projeta cenário ideal no futuro

A diminuição de 32% no número de contratações de 2016 para 2017 explica, em parte, o maior sucesso alcançado pelo Bahia nesta temporada.

No ano passado, com a necessidade de curar mazelas do elenco para não desperdiçar a chance de acesso, a diretoria tricolor se viu obrigada a extrapolar na busca por reforços. Terminou 2016 com 25 contratações feitas. Com o time mais consistente neste ano, o número caiu para 17 (confira os nomes no quadro ao lado).

Após um primeiro semestre aquém do esperado em 2016, o Bahia entrou forte no mercado no meio do ano. Tanto que, dos 25 reforços trazidos, mais da metade (13, 52%) veio apenas para a disputa da Série B, sendo que quatro dos atletas chegaram só na reta final.

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jogos teve o Bahia neste ano sob o comando de Preto Casagrande, que foi técnico interino, efetivado e tinha voltado ao cargo de auxiliar até a demissão, anunciada na noite de sábado. O clube informou em nota oficial que o desligamento ocorreu em “comum acordo”

Já em 2017 não foi necessário um reparo tão grande no elenco. Só seis (35%) dos 17 contratados desembarcaram no Fazendão especificamente para disputar o Brasileiro da Série A. Para a parte derradeira da competição, veio somente o zagueiro Thiago Martins.

Nos próximos anos, a ideia do clube é continuar reduzindo as investidas no mercado. “Isso pra mim está sempre nos planos. Quero chegar a um cenário ideal com um número bem inferior a esse [17 contratações em 2017]. Sou radical quanto a isso”, afirmou o diretor de futebol Diego Cerri.

No entanto, ele admite que esse é um planejamento a médio prazo. “Ainda estamos em um processo de reformulação de elenco. Nesta temporada tínhamos pouco dinheiro pra contratar e foi preciso arriscar mais, fazer investimentos baixos, por empréstimo. Também tivemos problemas de lesão séria, com Jackson, Hernane, Wellington Silva… e aí foi necessário repor”, explicou Cerri, que apresenta uma previsão de número relativamente alto de contratações também para 2018.

“Como a equipe foi bem, muitos atletas podem ser negociados. Aí, quando sai um tem que trazer outro. Também tem os empréstimos que acabam e a renovação natural do elenco, com as saídas de atletas que não interessam mais”.

É por conta das indefinições que Cerri prefere não estipular um número de reforços para começar 2018. Destaques da base, o goleiro Jean e o lateral esquerdo Juninho Capixaba estão perto de ser vendidos para, respectivamente, São Paulo e Corinthians. Além disso, o volante Renê Júnior está acertado com o Timão, o meia Allione volta para o Palmeiras e Régis tem boa chance de retornar ao Sport. O armador Zé Rafael é outro que pode ser negociado, e o clube não quis ficar com o lateral direito Eduardo.

Nilton e Elber

O Bahia tem procurado suprir no mercado suas perdas de atletas. Segundo o empresário André Cury, o clube já apresentou proposta oficial pelo volante Nilton, ex-Cruzeiro, que estava no Japão. Outro que interessa é o atacante Elber, do Cruzeiro, também na pauta de Sport e Chapecoense

Quem fica?

Quanto a possíveis renovações, a prioridade é o volante Edson, perto de um acerto. O atacante Mendoza também pode permanecer. Ele entraria num pacotão de reforços que o Corinthians ofereceria em troca por Capixaba – outros atletas que viriam neste negócio poderiam ser o lateral esquerdo Moisés, o meia Marlone e o goleiro Douglas Friedrich. Nos bastidores, ainda corre a notícia de que o Bahia estaria apalavrado com os volantes Elton e Luiz Antônio, além do lateral direito Nino Paraíba.

Os nomes só devem começar a ser anunciados a partir de hoje, quando será empossado oficialmente o novo presidente do clube, Guilherme Bellintani, eleito há uma semana. Também há a expectativa para a confirmação do técnico para 2018.

Certo é que o escolhido não trabalhará com um elenco numeroso. “Não gosto de grupo inchado. Penso em um elenco principal com no máximo 28 atletas para dar mais chances aos meninos da base e o técnico trabalhar de forma mais tranquila”, projetou Cerri.

OS REFORÇOS NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS

2017 
Rafael Santos (goleiro)
Wellington Silva (lateral)
Régis Souza (lateral)*
Armero (lateral)
Matheus Reis (lateral)
Thiago Martins (zagueiro)
Edson (volante)
Matheus Sales (volante)
Vinicius (meia)
Zé Rafael (meia)
Allione (meia)
Diego Rosa (meia)*
Gustavo Ferrareis (meia)
Rodrigão (atacante)*
Maikon Leite (atacante)
Mendoza (atacante)
Gustavo (atacante)*
 
 
2016 
Anderson (goleiro)
Muriel (goleiro)
Tinga (lateral)
Eduardo (lateral)
Moisés (lateral)
João P. Gomes (lateral)
Jackson (zagueiro)
Tiago (zagueiro)
Lucas Fonseca (zagueiro)
Renê Júnior (volante)
Luiz Antonio (volante)
Danilo Pires (volante)*
Paulo Roberto (volante)*
Juninho (volante)
Régis (meia)
Renato Cajá (meia)
Allano (atacante)
Luisinho (atacante)*
Hernane (atacante)
Misael (atacante)
T. Ribeiro (atacante)**
Edigar Junio (atacante)
Wesley Natã (atacante)
Victor Rangel (atacante)
J. P. Queiroz (atacante)
 Fonte: A Tarde