Câncer e celulares podem ter ligação científica, diz estudo
Câncer e celulares podem ter ligação científica, diz estudo
Câncer e celulares podem estar ligados cientificamente, essa é a conclusão do estudo de 25 milhões de dólares do National Toxicology Program (NTP), nos Estados Unidos.
A pesquisa feita em camundongos expôs os animais à radiação que os aparelhos produzem desde a gestação até a vida adulta. Ao final observou-se um leve aumento na incidência de dois tipos de tumores nas cobaias do sexo masculino.
A descoberta confirma a hipótese levantada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, que percebeu aumento do aparecimento de “gliomas” (tumor cerebral que atinge células que protegem os neurônios) e “schwannomas do coração” (tumores que afetam nervos periféricos), os mesmos identificados nos camundongos.
Outro ponto interessante da descoberta é que a radiação parece não ter os mesmos efeitos sobre camundongos do sexo feminino e que quando expostos a esse risco no útero, os filhotes nascem com um peso levemente menor que o normal.
De acordo com o NTP, a importância da descoberta está na grande quantidade e variedade de pessoas que usam celulares no mundo. Sendo assim, qualquer variação no aparecimento dessa doença é relevante e merece atenção.
Uma briga científica
Há menos de um mês, uma pesquisa australiana constatou que não havia aumento da incidência de tumores cerebrais em virtude do uso do celular. Aliás, o próprio governo americano é da opinião de que os estudos científicos não apontam riscos nesse sentido.
Mesmo com tantas dúvidas sobre uma possível ligação entre celulares e tumores malignos, a maior preocupação em relação à segurança dos aparelhos ainda é o calor por eles produzido, o que foi relatado como risco ainda nos anos 90.