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20 April 2024

Cansei e vou combater essa estratégia agressiva”, dispara Villas-Boas

Em greve há 7 dias, com unidades da capital e interior com serviços ambulatoriais e administrativos parados, servidores estaduais da Saúde pedem a saída do secretário Fábio Vilas-Boas do comando da pasta.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), Silvio Roberto dos Anjos e Silva, afirma que o chefe da Sesab “não tem vocação para esta relação com os servidores”. A revolta do funcionalismo é por conta de um ofício enviado pela Secretaria paras as unidades ameaçando o corte do ponto dos servidores que aderirem à paralisação.

A diretora do Sindsaúde-Ba e vereadora do município de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), criticou a postura do governo do Estado, que cortou o adicional de insalubridade, sem ato normativo e sem comunicação prévia aos servidores, “da mesma forma que agiu quando extinguiu às Diretoria Regionais de Saúde (Dires) sem submeter ao Conselho Estadual de Saúde (CES)”.

Para o secretário Fábio Villas-Boas toda esse movimento tem dedo do seu antecessor, o deputado federal Jorge Solla. “Estas ações, com o objetivo de causar desgastes, são exclusivamente de pessoas e movimentos sociais controlados por Jorge Solla. Trata-se de uma retaliação, de cunho pessoal, às medidas que tomei para corrigir distorções e procedimentos considerados irregulares”, disparou Villas Boas, em entrevista ao Correio 24 Horas.

Nesta quinta (23), a Coluna Satélite trouxe que dentro da cúpula do governo petista, a avaliação seria uma falta de “traquejo político” para evitar uma proliferação dos conflitos com os servidores. O chefe da Sesab rebateu e afirmou que as críticas são “falsas” e “manipuladas”. “Tenho total trânsito entre deputados da base, com os quais me relaciono muito bem e de quem ganho elogios explícitos por minha capacidade de diálogo. Recebe prefeitos diariamente. Até hoje evitei responder a qualquer tipo de provocação. Mas cansei. Vou combater essa estratégia agressiva”, rebateu.

A greve dos servidores da Sesab foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) na semana passada. O TJ-BA entendeu que o corte do adicional de insalubridade, principal argumento do Sindsaúde para a deflagração da greve, não era válido. Na manhã desta sexta (24), os grevistas realizam uma assembleia na Fundação Visconde de Cairu, nos Barris, em Salvador. Antes, os servidores realizam protesto no Hospital Geral do Estado (HGE), maior unidade de referência em atendimento de urgência e emergência.