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3 October 2024

Capitão Tadeu dispara contra Lídice: Muita gente quis dar uma de bonzinho

Desde que o vereador e líder grevista Marco Prisco (PSDB) foi preso pela Polícia Federal na última sexta-feira (19), os ânimos entre os envolvidos com o movimento e políticos da base ficaram ainda mais acirrados. Na manhã desta terça-feira (22), o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) decidiu falar sobre o que chamou de bastidores da ação que levou à prisão de Prisco. Em entrevista concedida à rádio Metrópole, o parlamentar justificou o porquê de ter anunciado uma nova greve da Polícia Militar. "Assim que Prisco foi preso a categroia me aclamou para que eu fizesse um movimento ainda maior. A revolta foi muito grande. Anunciei a greve e assumi a liderança do movimento e orientei que todos fossem para os quartéis. Se eu não assumisse iriam ter vários líderes. Era melhor uma tropa aquartelada do que confrontos nas ruas", afirmou.
 
Segundo Tadeu, o que desencadeou a prisão do veredaor foi um processo de 2012, "com conexão com esta greve de 2014. A greve deste ano foi porque a tropa não aguentou. Eu os conheço e ficou um mal estar. O Governo apresentou um projeto diferente do que foi discutido. Discute-se uma coisa e o Governo faz outra. É muita falta de inteligência do Governo botar um delegado para fazer um estatuto disciplinar militar. Aí piorou de vez. O governador ligou até para Neto para que chamasse Prisco para conversar, que chegou a propor que não tivesse a greve. Mas, lá no Wet a tropa já estava irritada com Wagner", explicou o deputado.

 
 
Aproveitando a entrevista para mandar recados, Capitão Tadeu não esqueceu a senadora Lídice da Mata. Esta, após a prisão de Prisco e decreto de greve por parte de Tadeu, afirmou que "não é possível submeter a população da Bahia ao medo em função de uma nova greve por causa de uma prisão que só pode ser revertida pela Justiça Federal”, defendeu Lídice. O PSB, segundo ela, não vai emitir nota sobre a postura de Tadeu porque “ele não falou em nome do partido, mas em nome da tropa”. Lídice disse, ainda, que durante toda a tarde tentou falar com o parlamentar por telefone, mas não conseguiu. “Só consegui falar com um assessor dele apenas”. 
 
Para rebater a senadora, Tadeu afirmou que "enquanto muita gente se omitiu e estava tomando vinho, outros ficaram postando notinha na imprensa para dar uma de bonzinho", disparou, acrescentando que recebeu ajuda decisiva da ministra Eliana Calmon. "Entendemos que a população não quer greve e temos que respeitar isso. Me municiei do parecer de Eliana e dos advogados de Prisco. Montamos uma força-tarefa para mostrar à tropa qual o melhor caminho, senão teríamos uma tragédia", amenizou o discurso