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26 April 2024

Com Ana Marcela, Isaquias e Hebert, Bahia já tem três ouros em Tóquio

Foto: Reprodução/Notícias ao Minuto

A Bahia é soberana no quadro de medalhas olímpicas em Tóquio. Na canoagem, Isaquias Queiroz pôs fim a uma perseguição ao primeiro lugar no pódio que vinha desde as Olimpíadas do Rio, em 2016. E Hebert Conceição venceu com o brilho de um nocaute na final da categoria peso médio.

Com os dois pódios da madrugada deste sábado (7), a Bahia foi responsável por emitir a certidão de nascimento de três medalhistas dos seis brasileiros que subiram ao lugar mais alto do pódio no Japão.

Antes destas vitórias, Ana Marcela, nascida em Salvador, havia vencido a maratona aquática.

<span;>Um meme que circula na internet tem repercutido bastante nas últimas horas – se fosse um país, a Bahia ocuparia o 25º lugar, com três medalhas de ouro.

A marca ainda pode melhorar, já que na madrugada desta domingo (8), às 2h45, a boxeadora Bia Ferreira tem a oportunidade de confirmar o favoritismo na disputa do ouro na categoria peso leve, contra a irlandesa Kellie Harrington.

Aguardada vitória de Isaquias

Foram cinco anos pensando no título olímpico. No caminho, batizou o filho com o nome de seu algoz, Sebastian (referência ao canoísta alemão Sebastian Brendel, ouro no Rio), perdeu o técnico, vítima de um câncer, e foi campeão mundial na Europa.

Agora, depois de chegar três vezes ao pódio no Rio, o baiano de 27 anos conquistou sua primeira medalha de ouro nas Olimpíadas ao vencer a final da categoria C1 1000m da canoagem.

A prata ficou com Liu Hao, da China, e o bronze com Serghei Tarnovschi, da Moldávia.

Nocaute salvador

O lugar mais alto de Hebert veio em grande estilo, ao derrotar, na final do peso médio (até 75 kg), o ucraniano Oleksandr Khyzhniak.

Para faturar a medalha de ouro, o pugilista de Salvador, que havia perdidos os dois primeiros rounds da luta, precisava nocautear o rival no terceiro. E conseguiu quando, a 1min29 do fim, acertou um cruzado demolidor, que entrou para a história do boxe nacional.

“É indescritível ser campeão. A ficha ainda não caiu, ainda mais da forma que foi. Foi surpresa para muita gente, mas não para mim. É uma gratidão representar o meu país e a Bahia”, disse o novo campeão olímpico do boxe brasileiro.

“Eram 3 minutos para mudar a cor da medalha. A trocação era loteria, mas não tinha nada a perder. Foi muito bom que consegui o nocaute”, relatou.

Lembrança importante

Em comum nas declarações de Isaquias e Hebert após suas respectivas vitórias esteve a lembrança de que o momento ainda é de dividir a felicidade com quem tem sentido muita dor. Ambos dedicaram suas vitórias às pessoas que sofreram com a pandemia de Covid-19.

Hebert: “A medalha é para todos os brasileiros, a pandemia devastou muitas famílias. Tem muitas pessoas tristes, que perderam parentes e empregos. Espero ter dado um breve sorriso a vocês, que esse momento caótico passe, para voltarmos ao normal”.

<span;>Isaquias: “Prometi para vocês que eu ia ganhar. O Brasil passou por muitos desafios ao longo desses anos, Covid, dedico muito a todas famílias que perderam entes queridos”.

 Com informações do Portal G1.