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28 March 2024

Combustível, comida e carros: como a guerra tira produtos do mercado

Pressionada e com prejuízos se acumulando na economia, a Rússia reagiu: proibiu a exportação  produtos feitos no território comandado por Vladimir Putin.

O contragolpe é um recado geopolítico. Os russos também vão boicotar o comércio internacional, caso o Ocidente continue a penalizar a economia do país com sanções cada vez mais duras.

Putin proibiu a venda de 200 produtos até 2023. Além disso, suspendeu temporariamente as relações com quatro países da União Econômica da Eurásia (UEE).

Drones, aviões, açúcar, trigo, centeio, cevada, milho, equipamentos tecnológicos, equipamentos de telecomunicações, veículos, máquinas agrícolas, equipamentos elétricos, locomotivas, contêineres, turbinas de aeronaves, máquinas para corte de metais e pedras, e displays de vídeo, entre outros produtos russos, deixarão de ser vendidos.

Até 31 de agosto deste ano, Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão ficarão sem o fornecimento de alimentos exportados pela Rússia. O Kremlin, sede do governo, explica que a medida serve para garantir o mercado doméstico.

Putin está irritado. Na quinta-feira (10/3), ele reuniu integrantes da cúpula do governo das áreas de economia, defesa e comércio exterior.

“As sanções contra a Rússia não são legítimas. O Ocidente tenta culpar a Rússia por seus próprios erros”, reclamou, ao abrir o encontro.

A Rússia tem sofrido embargos sucessivos, cada um mais abrangente do que o outro, após ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro. O mais duro deles foi o boicote dos Estados Unidos ao petróleo russo.

Felipe Menezes/Metrópoles