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4 May 2024
Foto: Reprodução

Corrida pode ser um antidepressivo melhor que muito remédio

Estudos apontam que realizar uma atividade física, como caminhada rápida, durante apenas 30 minutos por dia já é capaz de combater de forma eficiente o sedentarismo. Quem deseja ir além, emagrecer e definir músculos, mas não se sente confortável dentro de uma academia ou não tem dinheiro para investir em atividades específicas, pode contar com a corrida como excelente método para manter a saúde em dia.

Além de auxiliar na perda de peso, a atividade aeróbica não turbina apenas seu corpo, como também pode funcionar como um poderoso antidepressivo. Isso acontece porque, durante a corrida, o corpo libera substâncias químicas, como a endorfina, serotonina e dopamina, por exemplo, que agem no sistema nervoso central, garantindo sensação de prazer e relaxamento.

É sabido ainda que o estresse crônico pode levar à eliminação e atrofia de neurônios, condição diretamente ligada à depressão. Por isso, a corrida, que ajuda a aliviar as tensões, pode combater o problema.

Segundo um estudo da Universidade Southwestern, no Texas, praticar corrida três vezes por semana pode ser tão eficaz quanto o uso de antidepressivos. A pesquisa mostrou que pessoas que praticaram corrida durante 30 minutos em três a cinco dias por semana tiveram, após 3 meses, redução de 47% de seus sintomas depressivos.

Corrida pode ser um antidepressivo melhor que muito remédio

Outro estudo, feito pela Universidade Southern Methodist, de Dallas, indicou que as vantagens das atividades aeróbicas, além de proporcionar bem-estar físico, ainda se estendem ao bem-estar emocional, trabalhando a autoestima e as relações sociais interpessoais, combatendo o estresse, a ansiedade e, consequentemente, a depressão.

Vale ressaltar, no entanto, que a depressão, ao contrário do que muita gente imagina, não é apenas um estado de inércia e tristeza profunda. A doença possui características químicas e, invariavelmente, necessitam de acompanhamento médico e tratamento com remédios. A corrida pode funcionar no alívio e até mesmo superação do problema, mas não deve ser encarada como substituta de cuidados psiquiátricos e psicológicos.

Por Paulo Nobuo/Bolsa de Mulher