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4 May 2024
Foto: Reprodução

Crise fecha bares e restaurantes em salvador

Estabelecimentos exibem cartazes com anúncio de venda, no Jardim Brasil, na Barra

Casas famosas, como o Santo Antonio, fecharam as portas numa das ruas mais badaladas de Salvador

Quem vai ao Jardim Brasil, na Barra, em busca de diversão nos conhecidos bares e restaurantes do local, assusta-se com o “deserto” em que se transformou o local.

Dos conhecidos estabelecimentos do gênero, apenas um restaurante e bar de comida típica mexicana continua funcionando. Casas famosas como Santo Antonio, O Árabe e Skina Bar fecharam as portas e exibem cartazes anunciando a venda do local.

No entanto, a falência desses estabelecimentos não pode ser tributada totalmente à atual crise econômica. “Uma conjunção de fatores vem tornando cada vez mais difícil a sobrevivência de bares e restaurantes em Salvador, e isso vem ocorrendo há uns dois anos”, afirma Luiz Henrique Amaral, presidente da regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Abrasel-Bahia.

De acordo com Luiz Henrique, “a Lei Seca, a insegurança e o fato de a equação econômica desses estabelecimentos ter chegado a um dos seus piores índices (preços altos e retorno baixíssimo para o empreendedor) tiram até mesmo a motivação do empresário para inovar e investir.”

Situação grave

De acordo com o presidente da Abrasel-BA, “há muito tempo que não se via uma situação tão difícil para o setor.” Ele destaca que as dificuldades atingem com mais força ainda os bares e restaurantes localizados ao longo da Orla, inclusive na outrora movimentadíssima região do Jardim dos Namorados.

“As pessoas praticamente não se deslocam mais, em função da Lei Seca e da insegurança pública, e o poder atração desses estabelecimentos diminuiu bastante”, afirma Luiz Henrique, ao tempo em que destaca que, em contrapartida, bares localizados em bairros têm registro de aumento considerável de movimento, pois as pessoas optam por ficar na vizinhança de casa.

A situação também não é boa para bares e restaurantes localizados em shoppings, “sobretudo após o início da cobrança pelo estacionamento”, diz Luiz Henrique. Aliás, ele assinala que a queda nesses locais já chega a 30%.

 Finalmente, o presidente da Abrasel-BA destaca que “a única esperança de melhora está no turismo, “porém os dados deste setor não parecem muito animadores.”

Por Tribuna da Bahia