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21 May 2024

Delegado defende reputação e acusa setores do governo federal de “denuncismo”

O Estado brasileiro é claudicante, na avaliação do ex-secretário nacional da Justiça Romeu Tuma Júnor. O delegado da Polícia Civil de São Paulo esteve no Salvador Shopping, na noite desta segunda-feira (24), para uma noite de autógrafos do seu livro “Assassinato de Reputações”.



 

Em conversa rápida com a reportagem do Bocão News, Tuma Júnior, revelou que foi surpreendido pela repercussão nacional do livro e contou que se trata de uma peça de defesa, na qual ele responde à acusações feitas através do “Google”, pois para interpelá-lo judicialmente seriam necessárias provas.

 

 “O livro é uma peça de defesa, como já tive a oportunidade de falar, onde eu explico o que aconteceu comigo e forma como tentaram assassinar a minha reputação e como à época não tive nenhuma chance de me defender, nem na esfera judicial porque não havia nenhum processo contra mim”.



 

Filho do ex-senador Romeu Tuma (morto em 2010), o delegado foi acusado via imprensa de favorecer parentes e manter contatos com Li Kwok Kwen, chinês apontado como controlador de contrabando e venda de produtos piratas em São Paulo. Tuma Júnior não nega conhecê-lo, mas rechaça qualquer conexão com o desvio de conduta.

 

Sobre as supostas ilações, o ex-secretário é claro “Como não pude falar resolvi escrever. Durante a apresentação desta defesa eu contei como era a minha reputação, porque para ter a reputação destruída tem que ter reputação. Contei minhas passagens em um momento da minha vida profissional, tem muitos outros casos que não estão no livro, e meu trabalho n o governo. Porque eles tentaram me atingir e porque fizeram isso comigo”.



 

O escritor não foge do debate ao enumerar as razões pelas quais “quiseram derruá-lo”. “Obviamente para me tirar do governo. Parar algumas investigações que eu vinha fazendo. Liberar recursos que havíamos bloqueado no exterior, que eram monstruosamente grandes e para agredir a candidatura do meu pai, não resta dúvida a este respeito”.

 

Questionado sobre o livro, Tuma Júnior descreve a sensação vinda com a repercussão positiva: isso me traz dois sentimentos: um de alegria outro de tristeza. Tristeza porque a gente não quanto nós não temos transparência na vida pública, nos bastidores da política e isso é muito ruim, isso é péssimo na verdade, as pessoas não sabem o que acontece e também não se preocupam. Um alento é perceber que a população começa a despertar para a necessidade de elevar este grau de transparência que hoje é zero e começa a entender que o mandato de todos os eleitos em qualquer nível ou cargo não é do eleito e sim do eleitor, portanto, nós temos responsabilidade e a população começa a ter essa perspectiv