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26 April 2024
Bolsa passa a cair após anúncio de adiamento de votação dos vetos presidenciais no Congresso. Foto: Reprodução

Dólar comercial cai 1,2% e é negociado abaixo dos R$ 3,855

– O dólar comercial perde força ante o real e volta a ser negociado abaixo dos R$ 3,90. Às 14h51m, a moeda americana era cotada a R$ 3,855 na venda, recuo de 1,2% ante o real, seguindo o movimento global da divisa. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa passou a cair após anúncio do adiamento da votação dos vetos presidenciais no Congresso. O Ibovespa recua 0,23%, aos 47.489 pontos.

O dólar iniciou o pregão em terreno positivo, mas perdeu força logo na primeira hora de pregão. Além de um ambiente externo mais favorável para as moedas de países emergentes, contribui para essa desvalorização o ambiente político-econômico.

Na mínima do pregão, a moeda chegou a R$ 3,829, o menor valor desde os R$ 3,82 de 16 de setembro. Segundo Bruno Lavieri, analista de câmbio da Tendências Consultoria, a situação ainda é preocupante, mas não há fatores novos negativos.

— O cenário político permanece em alerta, mas não houve nenhuma deterioração adicional neste momento. Além disso, a menor chance de aumento de juros nos Estados Unidos neste ano enfraquece o dólar ante outras moedas — afirmou.

No exterior, o “dollar index” registra queda de 0,65%. Esse indicador mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de dez moeda.

A principal preocupação dos investidores nesta terça-feira era com a votação dos vetos da presidente Dilma Rousseff, mas o novo time de articulação política fracassou, em seu primeiro teste, após a reforma ministerial. Após suspender por meia hora a sessão para análise dos vetos por falta de quorum, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), desistiu de retomar a votação hoje e marcou nova sessão do Congresso para as 11h30 desta quarta-feira. A avaliação dos vetos é importante porque sua manutenção coloca menos pressão nas contas públicas.

Outro fator de atenção é a avaliação, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), das “pedaladas fiscais” da presidente Dilma Rousseff referentes ao ano passado. O governo tentou afastar o relator Augusto Nardes, que declarou antecipadamente que deveria rejeitas as contas, e assim adiar a apreciação das contas, mas essa mudança não deve ocorrer.

BOLSA EM ALTA

Na Bolsa, as ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) do Itaú Unibanco registram alta de 0,21% e as do Bradesco sobem 0,21%. No caso do Banco do Brasil, a valorização é de 1,73%.

Já as ações da Petrobras registram ganhos. As preferenciais sobem 5,62%, cotadas a R$ 8,26, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) têm valorização de 6,06%, a R$ 9,97. Na segunda-feira, a estatal informou que a redução dos investimentos em US$ 11 bilhões entre este e o próximo ano. As PNs da Vale sobem 1,36% e as ONs avançam 1,54%.

No mercado acionário, os principais índices europeus fecharam com ganhos nesta terça-feira. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,90%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 0,95%. Em Londres, o FTSE 100 teve valorização de 0,43%. Nos Estados Unidos, os indicadores operam com leves perdas. O Dow Jones tem pequena variação negativa de 0,05% e o S&P 500 recua 0,69%.

Fonte: O Globo