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18 May 2024

Eliminação italiana tem mordida, protestos e demissão

Expulsão de Marchisio e agressão de Suárez causaram discussão

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A derrota da Itália por 1 a 0 para o Uruguai e a consequente eliminação dos tetracampeões na primeira fase da Copa do Mundo foi marcada por lances controversos. A imprensa italiana questionou a arbitragem do mexicano Marco Rodríguez, que expulsou o volante Claudio Marchisio no início da segunda etapa e ignorou a mordida do atacante Luis Suárez em Giorgio Chiellini, minutos antes do gol uruguaio. Principal diário esportivo da Itália, o La Gazzetta Dello Sport tratou a despedida da "azzurra" da competição como ‘Falha completa’. "Itália fora, após polêmicas", foi a manchete da edição virtual do jornal.

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A Gazzetta Dello Sport destacou as palavras do técnico Cesare Prandelli em relação à expulsão de Marchisio em dividida com Arévalo Rios. "Quando lutamos por cada bola, faltas podem acontecer, mas não vi nenhuma para cartão vermelho. O jogo foi condicionado pela expulsão do Marchisio. O árbitro estragou tudo." O treinador confessou ter sacado Mario Balotelli no intervalo justamente para prevenir uma expulsão. "Não dá para saber quando ele está nervoso e quando está calmo. O substitui porque tinha medo de terminar com dez." Pouco depois, Prandelli surpreendeu os jornalistas ao pedir demissão. "Considero justo, visto o fracasso do projeto técnico. A responsabilidade é minha.". O presidente da federação italiana, Giancarlo Abete também anunciou sua saída.

Além do cartão vermelho de Marchisio, outro lance muito discutido pelos italianos foi a discussão entre Suárez e Chiellini. Ainda em campo, o zagueiro italiano mostrou uma marca no ombro e acusou o uruguaio de tê-lo mordido. "A falta de critério é evidente. A expulsão do Marchisio é ridícula, mas mais ainda foi a não expulsão do Suárez. O gesto é claro", afirmou Chiellini ao jornal. O site do diário Corriere dela Sera também destacou a agressão de "Suárez, 'o canibal", com o título "Fim da Copa, Itália eliminada. Suárez morde e Godín marca".

Na contramão dos companheiros, o capitão Gianluigi Buffon, que fez ótimas defesas na partida, afirmou que o resultado foi justo. "É um dia muito triste para nós, como grupo e individualmente. Não marcamos nas duas últimas partidas, criamos pouco e saímos merecidamente”, afirmou o goleiro campeão em 2006. “Seguramente o árbitro não nos deu uma mão, mas não podemos sempre colocar a culpa nos outros.”. Este foi o quinto Mundial de Buffon (igualou o recorde de participações do mexicano Antônio Carvajal e do alemão Lothar Matthaus). A Itália não era eliminada de dois Mundiais consecutivos desde os fracassos em 1962 e 1966.

Reprodução/Gazzetta Dello Sport/VEJA