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18 May 2024
Foto: Divulgação

Evento com música popular brasileira ocorre na Igreja Santo Antônio Além do Carmo próxima quinta (3)

Na próxima quarta-feira (3), o Pátio da Igreja Santo Antônio Além do Carmo será palco da Noite Cultural, evento independente de música popular brasileira, recebe o grupo pernambucano Coco Raízes de Arcoverde para uma noite de muito samba de coco, além de maracatu com o grupo anfitrião Maracatu Ventos de Ouro, que a cada edição traz novos artistas convidados, promovendo assim, a troca de experiência e intercâmbio entre espectadores e os artistas no palco. Os ingressos podem ser comprados através do link: https://goo.gl/YscDan ou na bilheteria do evento, a partir das 17h.

O evento, que está em sua terceira edição, tem como objetivo valorizar, fortalecer, enaltecer e difundir a cultura popular afro-brasileira, a fim de, combater todas as formas de discriminação, preconceito e intolerância praticadas contra os símbolos das culturas populares, e para esta edição.

Serviço

O quê: III Noite Cultural

Onde: Pátio da Igreja Santo Antônio Além do Carmo. Rua Barão do Triunfo, s/n

Quando: 03/12, às 19h

Quanto: R$ 10 (meia)  e R$ 20 (inteira)

Ingressos: https://www.sympla.com.br/iii-noite-cultural__227811

 

Maracatu Ventos de Ouro

O Maracatu Ventos de Ouro é um grupo feminino de Maracatu de Baque Virado da cidade de Salvador. Foi idealizado por Josy Garcia musicista, arte-educadora, produtora cultural e pesquisadora da cultura popular de matriz africana e afro-brasileira e Cau Gonçalves, batuqueira, cantora, pesquisadora da cultura popular nordestina e estudante de políticas e Gestão das Culturas.

O grupo busca difundir e fomentar o maracatu em Salvador e trazer à tona discussões sobre a mulher na sociedade, na arte, na cultura, e no maracatu de baque virado. Além de promover um intercâmbio com Batuqueiros recifenses, o Maracatu Ventos de Ouro vem realizando oficinas gratuitas de percussão, de dança e de construção de instrumentos, ensaios abertos e eventos para valorização da cultura popular, como a Noite Cultural e o Cortejo Pernambaiano.

Ventos de Ouro foi o nome dado ao grupo pelas suas fundadoras. E ganha um sentido poético : “ventania de ouro”. O nome faz referência as yabás  Iansã e Oxum, por isso ventos e por isso ouro. Toda a estrutura (roupas, acessórios e cores) é com bases nessas duas guerreiras. O grupo foi constituído como uma entidade feminina com o objetivo de preservar e divulgar a cultura negra, mantendo um diálogo cultural constante com o continente africano por meio dos instrumentos, dos cânticos, dos toques e da corporeidade, visando o fortalecimento individual e coletivo das mulheres na sociedade.

 

Coco Raízes de Arcoverde

A sonoridade percussiva do Samba de Coco Raízes de Arcoverde representa o coco trupé, desenvolvido por Lula Calixto a partir de suas vivências musicais, e consiste em uma rápida e forte batida dos pés no chão com tamancos de madeira, usados, inovadoramente, como instrumentos percussivos. O samba e os folguedos de roda são manifestações muito presentes na dança e na música do grupo, marcados pelo triângulo, pandeiro, surdo e ganzá, que dão tônus ao ritmo.

Formado em 1992 por Lula Calixto e pelas famílias Gomes e irmãs Lopes, o grupo passou a ser conhecido do público a partir de 1996, quando rompeu as barreiras da pequena cidade de Arco Verde, em Pernambuco, e se apresentou Brasil afora em países como Alemanha, Bélgica, Itália, Noruega e França.

Lula Calixto nasceu em Sertânia, chegando à Arcoverde em 1952, com apenas oito anos de idade. Ao longo de sua vida, teve contato com vários coquistas, como os mestres Alfredo Sueca, Ivo Lopes, Romeiro, Os Galegos e Das Dores. Seu legado foi inspirar uma família de compositores formada pelos irmãos Assis e Damião e pelas sobrinhas Iran e Dione. Nas canções, a simplicidade, em mensagens positivas, embala o canto frenético do coco ritmado. O resultado é um som arretado de autoral que foge dos padrões estilizados do coco e da música nordestina em geral.

Nos últimos anos, o grupo ganhou as pistas de dança do mundo em remixes de renomados produtores nacionais e internacionais como o sergipano DJ Dolores e os nova iorquinos Thornato e 2Melo, do selo Cumba Mela. Outro americano que se encantou com a batida do coco foi o DJ Maga Bo, que está lançando o álbum “Maga Bo apresenta Coco Raízes de Arco Verde” pelo seu selo Kafundó Records.