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25 April 2024

Festival da Cidade: Marina Lima faz show gratuito no Rio Vermelho hoje

O aniversário é de Salvador, mas Marina Lima não hesita em dizer que o presente é mesmo dela. Aos 62 anos, a cantora carioca segue alimentando a relação de amor com a capital baiana, para onde costuma vir com frequência desde os anos 80. “Alguém sempre acha um jeito de me chamar para fazer algo aí. A última vez foi em maio do ano passado, quando participei do Mulher com a Palavra, no TCA”, recorda, em entrevista por telefone direto de São Paulo, onde mora há oito anos.

Hoje, Marina volta à Salvador para fazer seu primeiro show “na rua” por aqui. “Eu acho o povo mágico, divertido, gosto das danças”, elenca ao não conter a expectativa para a apresentação que acontece logo mais, no Largo da Mariquita (Rio Vermelho). Antes, quem se apresenta é o roqueiro Marcio Mello, a partir das 19h.

Apesar de ter lançado o 21º disco da carreira há menos de duas semanas, Marina ainda não apresenta o show de Novas Famílias na ocasião. “Cantarei três músicas desse novo trabalho, mas o repertório passará por toda minha carreira, com as músicas já conhecidas do público”, destaca. Em abril, ela dá início à turnê do novo trabalho, a qual não deve deixar de passar por Salvador. “Já me apresentei umas quatro vezes no TCA, na Concha, no antigo Teatro Maria Bethânia…Quero muito levar esse show inédito depois”, conta.

Lançamento
Com o novo trabalho, Marina se mostra atenta à realidade política do Brasil e cada vez mais antenada às sonoridades que irrompem de Norte a Sul do país. Uma das canções presentes no disco e que não deve ficar de fora do show de hoje é o funk debochado Só os Coxinhas.

O single, o primeiro a ganhar um clipe, marca o retorno da parceria de Marina com o irmão, o escritor e agora imortal da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cicero. “É uma música irresistível. Os funks têm essa coisa de um mote sempre: glamorousas, popozudas, malandra, coxinhas. Quis lançar ela primeiro, apesar de não ser a faixa-título do disco porque achei que ia dar o recado deste trabalho em que faço algo político, atual, divertido e otimista”, resume.

Ao lado dele, ela assina ainda Juntas, um samba funk em homenagem ao Rio de Janeiro e à São Paulo. Nas outras seis faixas inéditas, ela passeia pela música eletrônica, pelo samba e pelo tecnobrega. “Eu estou me identificando com algumas coisas do Brasil, quis me misturar com elas e projetá-las do meu jeito”, diz.

E que jeito é esse? “Eu ando numa relação positiva com o Brasil, com o mundo. A força e o engajamento que tenho visto por aí não são brincadeira, e têm me dado um orgulho danado”, afirma. Na faixa bônus, Pra Começar, sucesso dos anos 2000 que ganha gravação em estúdio.

Há ainda no disco a presenha dos “artistas mais talentosos que conheceu ultimamente”, a exemplo de Marcelo Jeneci e Letícia Novaes (Letrux), que emprestam suas vozes às faixas Novas Famílias e Mãe Gentil, respectivamente. Fonte: Correio