Data de Hoje
18 May 2024

Força-tarefa da Lava Jato pede condenação de dirigentes da Camargo Corrêa

Força-tarefa da Lava Jato pede condenação de dirigentes da Camargo Corrêa

Esq. para a dir.: Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Auler (Foto: Reprodução)

A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu à Justiça Federal a condenação de alguns dos principais dirigentes da Camargo Corrêa. Os executivos Dalton dos Santos Avancini (ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações), João Ricardo Auler (ex-presidente do Conselho de Administração) e Eduardo Hermelino Leite (ex-vice-presidente da empreiteira) foram presos em novembro de 2014 por envolvimento com o cartel de empreiteiras que distribuía entre si contratos bilionários da Petrobras. De acordo com o Estadão, nove procuradores da República subsescreveram memoriais – representam a fase final da ação criminal – em que reiteram o que já sustentaram na denúncia apresentada à Justiça. A diferença é que os procuradores reforçam o pedido de condenação com provas colhidas ao longo da fase de instrução do processo, entre os quais depoimentos e documentos periciados. Neste caso, as provas ganharam força a partir da delação de alguns acusados, entre eles dois ex-dirigentes da própria Camargo Corrêa. Aos executivos são atribuídos os crimes lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa. A Dalton Avancini e a Eduardo Leite também são imputados o uso de documento falso. Os procuradores pedem que seja decretado o perdimento do "produto e proveito dos crimes", ou do seu equivalente, incluindo aí os numerários bloqueados em contas e investimentos bancários e montantes em espécie apreendidos em cumprimento aos mandados de busca e apreensão – montante de R$ 50,79 milhões. A força-tarefa requereu também o arbitramento cumulativo do dano mínimo, a ser revertido em favor da Petrobras, no montante de R$ 343,033 milhões, correspondente a 3% do valor total de todos os contratos e aditivos mencionados na denúncia. "Tal valor é estimado com base no fato de que é possível supor que os denunciados causaram danos à Petrobras de pelo menos o dobro da proprina que foi paga a agentes públicos e privados, em decorrência desses contratos", argumentam os procuradores.