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25 April 2024

Fundador do WhatsApp desabado com novo bloqueio no país: “Estou chocado”

O CEO e cofundador do WhatsApp, o programador Jan Koum, criticou, nesta terça-feira, o novo bloqueio do aplicativo no Brasil. Por meio de uma nota, divulgada em uma rede social, o representante do WhatsApp classificou a ação da Justiça do Rio de Janeiro como “chocante”.

“Nós estamos trabalhando para colocar o WhatsApp no ar novamente no Brasil. É chocante que, em menos de dois meses após as pessoas e os legisladores brasileiros rejeitarem fortemente serviços como o WhatsApp, a história se repita. Como antes, milhões de pessoas são afastadas de amigos, entes queridos, clientes e colegas, hoje, simplesmente porque estão nos sendo solicitadas informações que não temos”, escreveu Koum.

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Com a palavra, o WhatsApp

Em nota, assessoria do WhatsApp no Brasil criticou a ação da Justiça do Rio de Janeiro e destacou que o bloqueio “ameaça a capacidade das pessoas de se comunicar”.

Leia a nota na íntegra:

“Nos últimos meses, pessoas de todo o Brasil rejeitaram bloqueios judiciais de serviços como o WhatsApp. Passos indiscriminados como estes ameaçam a capacidade das pessoas para se comunicar, para administrar seus negócios e viver suas vidas. Como já dissemos no passado, não podemos compartilhar informações às quais não temos acesso. Esperamos ver este bloqueio suspenso assim que possível”.

Terceiro bloqueio em menos de um ano

Esta não é a primeira vez que a Justiça determina a suspensão do aplicativo WhatsApp em todo o Brasil. Em dezembro do ano passado, a 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo pediu o bloqueio do serviço por 48 horas. Impetrando um mandado de segurança, o WhatsApp derrubou o bloqueio 12 horas após a decisão.

Em fevereiro, houve uma segunda tentativa de suspensão, desta vez referente a uma investigação de casos de pedofilia pela polícia do Piauí. A decisão, no entanto, foi derrubada por desembargadores do Tribunal de Justiça do estado.

A segunda paralisação ocorreu em maio, por determinação da Justiça de Lagarto, no Sergipe. Proferida pelo juiz Marcel Montalvão, a ordem era que o aplicativo ficasse suspenso por 72 horas.

Juíza protagonizou caso de agressão, no ano passado

Em outubro de 2015, Daniela foi agredida durante fiscalização no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, na Zona Norte do Rio. A magistrada teve a blusa rasgada e perdeu os óculos, além dos sapatos. Policiais militares que faziam a escolta de Daniela também foram agredidos. Segundo a magistrada, ela foi impedida de continuar a inspeção no setor E, no terceiro andar do BEP, por um grupo de policiais presos.

Inf: Extra Notícias