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8 December 2024

Lula põe em dúvida facada em Bolsonaro e diz que quer voltar a ser presidente

Ex-presidente questionou o atentado a faca contra Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. (Foto: Reprodução/Twitter)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) em entrevista gravada na quarta (12) e transmitida na quinta (13) pela emissora TVT.

Juca Kfouri, blogueiro do UOL, e o jornalista José Trajano falaram com o petista na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso desde abril do ano passado.

 

Lula disse que, como resultado de sua ausência nas duas últimas eleições, “o país pariu essa coisa chamada Bolsonaro”.

Ele também questionou o ataque a faca que vitimou o então candidato à Presidência em Juiz de Fora (MG). Após o episódio, Bolsonaro passou por duas cirurgias.

“Eu, sinceramente…aquela facada tem uma coisa muito estranha, uma facada que não aparece sangue, que o cara é protegido pelos seguranças do Bolsonaro”.

Lula

@LulaOficial

Essa facada foi muito estranha. Uma facada que não teve sangue, que os seguranças ao invés de protegerem o Bolsonaro protegeram o esfaqueador…

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“TRAÍDOS PELO PT”

Confrontado por Juca Kfouri sobre os eleitores que se sentiram traídos pelo PT, Lula disse que havia outros candidatos para as pessoas exercerem “vingança”.

“Alguém que se sentiu traído pelo PT não poderia ter votado no Bolsonaro. Se o cara se sentiu traído, poderia ter votado em coisa melhor, o Boulos foi candidato, o Ciro, embora não mereça porque é muito grosseiro, foi candidato”, disse.

Parafraseando o escritor moçambicano Mia Couto, Lula disse que a sociedade, com medo, se aproximou do “monstro para pegar proteção” e elegeu o que classificou como “o pior dos coronéis”. Ele mencionou que o pesselista tem filhos no Senado, na Câmara de Deputados e na Câmara Municipal do Rio.

“Ele [Bolsonaro] conseguiu se vender para a sociedade enraivecida como antissistema. E a tendência é não dar certo”, disse, criticando a gestão de Bolsonaro.

Lula também diz que deseja voltar a ser presidente para “rever e refazer coisas que eu não tinha consciência de que era preciso fazer” e defendeu mais concorrência entre os meios de comunicação.

“Esse país não pode ter os meios dominados por nove famílias. É preciso regular. A última regulação é de 1962, quando não se tinha nem telefone celular.”