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2 May 2024

Müller e Messi: Duelo pelo protagonismo na final da Copa

  • Müller e Messi ainda estão na disputa pela artilharia do Mundial

Sinônimos de gols para suas respectivas seleções, o alemão Thomas Müller e o argentino Lionel Messi travam neste domingo, 13, a partir das 16h, no Maracanã, um duelo à parte na grande decisão da Copa-2014. Brigam não apenas pelo status de protagonista da final, mas também sonham com o título de artilheiro do Mundial.

Por enquanto, numa breve análise até agora do torneio, o germânico, dono da camisa 13, leva a melhor. Nos seis jogos que disputou,  Müller marcou 5 tentos, além de ter dado três passes para os colegas marcarem. Está apenas a um tento de James Rodriguez, da Colômbia, principal artilheiro da Copa.

Messi vem na cola: soma 4 gols e uma assistência. Dados da Fifa endossam a supremacia germânica: Muller é o terceiro melhor atacante da Copa, com nota 9,56. Já o craque da Alviceleste é o quinto (9,39), atrás, inclusive, do brasileiro Neymar (9,48).

Alheio aos números, o camisa 10 argentino tem a chance de assegurar, no Maracanã, seu lugar entre os grandes do futebol, erguendo a taça da Copa. Uma vez que, em nível individual, Messi foi coroado o melhor jogador do mundo quatro vezes e quebrou vários recordes. Pelo seu clube, o Barcelona, por exemplo, o hermano ostenta todos os maiores títulos possíveis na Europa, dentre eles, seis Campeonatos Espanhóis e três Ligas dos Campeões.

Porém, o prêmio mais alto de todos tem lhe escapado quando o assunto é seleção argentina. "É o que falta a minha carreira, uma Copa do Mundo", revelou. Por duas vezes, o camisa 10 bateu na trave. A primeira, em 2006, no Mundial na Alemanha. Entaõ, aos 19 anos, viu nas quartas de final, a Argentina ser eliminada nos pênaltis, justamente, para os anfitriões.

Quatro anos depois, na África do Sul, novamente os germânicos encerraram com as esperanças sul-americanas com uma goleada de 4 x 0. Messi deixou o torneio sem marcar  gols.

Liderança

Agora, aos 27 anos, tem a chance de findar com o 'fantasma alemão' e , de quebra, dar um basta definitivo aos críticos que questionam seu desempenho na Alviceleste. No Brasil, Messi assumiu, além do status de astro do time, a liderança da equipe,  reagindo à marcação cerrada – 16 faltas sofridas – ao recuar um pouco para criar jogadas  e dar assistências (1).

Em campo 573 minutos, o atacante   fez na vitória por 3×2 sobre a Nigéria  sua melhor e mais regular partida (com 2 gols). E, quando sua equipe precisou, ele  brilhou. O astro  garantiu, ao menos, três vitórias com gols ou passes decisivos, diante de Bósnia, Irã e Suíça.

No outro lado, apesar de dividir as atenções como o meia Toni Kross (eleito, até agora, pela Fifa como melhor jogador da Copa), Thomas Müller tem seu merecido destaque na Alemanha,  elogiada  pela coletividade.

Com sua movimentação incessante e facilidade para jogar pelos lados ou meio, Müller é o protótipo de atacante que todo treinador gostaria de ter: o falso '9'. Até agora, percorreu  68,8 quilômetros quase 20 a mais que Messi (51,9 km). E, não corre à toa. Usa seu vigor físico (1,86 cm e 75 kg) para não dar ponto de referência aos marcadores e estar sempre bem colocado. Hoje, ele espera manter um tabu: "Nunca perdi em jogos oficiais para o Messi", disse. Agora, é esperar para ver…