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27 April 2024
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Neto diz que prisão de Geddel precisa ser apurada enquanto Rui prefere não opinar

A prisão do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), foi efetuada pela Polícia Federal por volta das 16h de ontem, em sua residência, no Condomínio Pedra do Valle, no bairro do Chame-Chame, em Salvador. Politicamente, a detenção de Geddel, que deverá ficar do presídio da Papuda (DF), não chegou a ser uma surpresa para o governador e o prefeito.

Por meio de Nota, Rui Costa e ACM Neto declaram a favor da justiça e pediram apuração imparcial dos fatos. Neto disse que é preciso aguardar os desdobramentos dos fatos e a manifestação da defesa do ex-ministro para se fazer juízo de valor acerca do episódio envolvendo o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Também em nota, o governador informou, por meio da Secretaria de Comunicação, que não se manifestaria sobre a prisão. Geddel, que foi ministro no governo Lula e vice-presidente de pessoal jurídica da Caixa Econômica no governo Dilma Rousseff, foi um dos principais articuladores do impeachment da petista. Um dos correligionários mais próximos do ex-ministro, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, disse esperar que Geddel faça sua defesa na Justiça e “saia da melhor maneira possível dessa situação”.

Geddel foi preso acusado de “obstrução de justiça” que foi classificada por membros do primeiro escalão municipal como uma “aberração”, uma vez que a decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, teria se baseado em mensagens trocadas com o doleiro Lúcio Funaro 60 dias atrás.

Em parte da decisão, o juiz Vallisney Oliveira diz que o peemedebista teria recebido R$ 20 milhões em dinheiro de Funaro  e que “solto […] poderá escamotear/esconder esse dinheiro recebido em espécie ainda não localizados, pelas suas apontadas condutas indevidas, fazendo-se necessária também aqui a prisão cautelar para que a decisão não possa ‘cair no vazio’ da ineficácia quanto à reparação de dano e devolução dos valores, caso ao final haja processo e sentença eventualmente condenatória [risco à ordem pública]”. Inf: Bahia Economica