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25 April 2024

Novo Hit de bronze na lage vira sensação do verão, mas cuidado dermatologista aponta riscos

Desculpa aí se minha marquinha te incomoda”. Esse é o refrão do recém-lançado funk em homenagem à musa deste verão, Érika Bronze. Empresária e esteticista, ela transformou sua laje, em Realengo, no eldorado da marquinha perfeita, obtida com fita isolante no lugar do biquíni. Devido à grande procura pela cor do verão, a carioca de 34 anos lança amanhã um óleo bronzeador. E adianta, direto do seu point, as tendências da estação mais quente do ano:

 

— O funk vai continuar a ser o ritmo preferido. Essa nova da Ludmilla, “A danada sou eu”, já virou um vício. As clientes também estão curtindo bastante o sertanejo, aquele bem da “sofrência”.

Outra moda virou febre na laje: muitas das frequentadoras, que pagam R$ 70 por uma sessão de três horas no sol, também colocam adesivos na pele. Ao retirá-los, deixam uma “tatuagem solar” em formato de estrela ou maçã na pele:

 

— O local favorito é no bumbum. Esse bronzeamento é tradição nas comunidades e deixa os homens loucos. Tem marido que fica tão animado que vem aqui e paga o pacote, para a mulher voltar toda semana.

Alerta de dermatologistas

Dermatologistas alertam, no entanto, que a grande exposição ao sol é nociva mesmo pela manhã. Mesmo com o uso de protetor solar, aumenta-se o risco de câncer pele, além de acelerar o processo de envelhecimento.

“Ainda que seja um sol de manhã, ele tem uma atuação negativa sobre a pele em termos de fotoenvelhecimento. Então, 90% do envelhecimento evitável vem da exposição ao sol de uma vida toda. Uma exposição como essa, sem limite, ela não condiz com todos os estudos atuais. Ainda mais que o câncer de pele é o que tem a maior incidência no Brasil e está relacionado a essa exposição ao sol contínua e intensa. Isso pode provocar, além de envelhecimento precoce, manchas, melasmas, aumento de sardas e o risco aumentado de flacidez, porque o sol não só envelhece, mas também deixa a pele mais apergaminhada”, explica a dermatologista Juliana Neiva.

O tom de pele também é importante para definir o tempo de exposição ao sol, segundo especialistas.

“Se ela é mais morena, ela tem mais resistência. A princípio três horas de sol em um dia, exposto diretamente ao sol, é muita coisa. Exposição ao sol aliado a uma pratica esportiva é melhor. Essa exposição de três horas, se for durante muitos dias, é prejudicial. Tem que ter cuidado com esse objetivo estético. Pessoa mais claras, precisam de menos exposição. Me parece um assunto mais complexo do que uma receita de bolo. O mais indicado é meia hora ou uma hora de sol por dia, antes das 10h e depois das 16h, para proteger de câncer de pele e envelhecimento”, explica o dermatologista Celso Sodré.