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18 May 2024

Otto diz que a Previdência não pode tirar de quem já não tem

Eleito por unanimidade presidente da Comissão Especial para Acompanhamento da Reforma da Previdência, o senador Otto Alencar (PSD) diz que aceitou a missão de bom grado por uma razão bastante objetiva: ganhou um lugar de fala privilegiado para defender os que já não têm.

– Temos 15 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza. Isso é uma população do tamanho da Bahia. E qualquer presidente da República vai ter que entender que não podemos criar um país com bolsões de miséria maiores do que são.

Restrições — É por aí que ele entende que algumas situações hoje consolidadas não podem mudar.

1 – O benefício da prestação continuada, que assegura um salário mínimo para deficientes físicos ou idosos com mais de 65 anos que não têm condições de se manter.

2 – Aposentadoria rural. O projeto propõe ampliar o tempo para requerer (hoje 65 anos) e instituir a contribuição.

– Não há o que mudar. Quando ocupei o governo baiano, levei empresas para lugares em que conheço toda a população, como Rui Barbosa e Itaberaba. Ficava triste quando alguém me pedia emprego e a pessoa não tinha qualquer qualificação.

Otto diz ter a concordância de pessoas como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Sobre a capitalização, o modelo pelo qual cada um recebe o que contribuiu, diz ser a favor, mas só para quem ganhar mais. De pobre, não.

Inflação de professores

Germano Santana (PT), prefeito de Ribeira do Amparo, se diz acuado por decisões judiciais. Ele já tem 46 professores excedentes no quadro e agora uma sentença de primeira instância deu um prazo de 100 dias para ele contratar 200 aprovados num concurso de 2012, dos quais 16 são professores.

O prefeito recorreu, até porque, ressalta ele, já gasta 100% dos recursos do Fundeb com educação. Se perder, será melhor renunciar.

Operação cadê meu dinheiro

Alguns dos inscritos no concurso da Assembleia que foi anulado dizem estar tendo dificuldades ao simples acesso à Fundação Getúlio Vargas para receber o dinheiro das inscrições de volta.

As taxas variaram de R$ 64, para primeiro grau, a R$ 76, para nível superior. Somados os pagantes dos mais de 52 mil inscritos, dá uma bagatela superior a R$ 3 milhões.

Até agora, a Assembleia não se pronunciou sobre o caso, e a FGV, idem.

Censo deixa UPB inquieta

Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), diz que a incerteza sobre a realização do Censo 2020 é uma situação ‘muito preocupante’.

Ele lembra que as estimativas populacionais do IBGE hoje são irreais e, por conta disso, barrou na Justiça as reduções de população em 55 municípios, alguns dos quais, como Maracás, visivelmente cresceram. Gente para município é dinheiro.

Chineses querem fazer da ponte o portal para a AL

Talvez essa convença os que ainda duvidam da ponte Salvador-Itaparica. Em encontro com Rui Costa, os chineses da China Railway Group Limited (Crec), na palavra do diretor do departamento de negócios internacionais da empresa, Wang Kun, querem fazer dos negócios na Bahia, que incluem a Fiol, a referência para todos os negócios no Brasil e em toda a América Latina.

A Crec lidera um dos quatro grupos que até agora manifestaram interesse na concorrência que vai ao pregão da Bovespa em julho ou agosto.

Eles têm no currículo a construção de mais de 90 quilômetros de ferrovias e pontes, inclusive a Hong Kong-Macau, com 55 quilômetros, a maior do mundo, inaugurada no ano passado.

POLÍTICA

COM VATAPÁ

Solução prática

Padre José Luís Soares Palmeira, ou simplesmente padre Palmeira, fundador do primeiro ginásio de Vitória da Conquista, que ficaria famoso como o Ginásio do Padre, era educador respeitado.

Conta Sebastião Nery que padre Palmeira, nomeado secretário de Educação de Lomanto Júnior, foi a Barra do Rocha ver como ia o ensino. Chamou a garotada, começou a fazer perguntas. Ninguém sabia nada. Na hora do almoço, sentou-se ao lado do prefeito Prosperino W. de Souza, por todos conhecido como Dábliu de Souza, começou a conversar, e a dizer que a situação educacional por lá não estava boa.

– Veja, senhor prefeito. Os alunos não souberam me responder nem quem incendiou Roma.

– Não tem problema, senhor secretário. Mande ver quanto foi o prejuízo que eu pago e vou falar com o delegado para descobrir quem foi o autor. Mas lhe garanto uma coisa: não foi nenhum dos nossos meninos. Eles não são disso.