Data de Hoje
16 May 2024

Para 2024, Bruno Reis terá que intermediar insatisfações de aliados e reaproximar base

Foto: Valter Pontes/SecomPMS

Para se consagrar reeleito no ano que vem, o prefeito de Salvador Bruno Reis (União Brasil) precisará reaproximar a sua base. O Partido Progressista (PP), por exemplo, é uma das siglas que se manteve fiel ao ex-prefeito ACM Neto (UB), mas descarta o total compromisso com Reis na corrida eleitoral de 2024. O racha da legenda leva alguns políticos a fecharem com Reis e outros se manterem abraçados com o governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Em conversa com o bahia.ba, um interlocutor do PP retificou que, para as eleições de 2024, a sua avaliação é que a “base permaneça dividida”. “A tendência é continuar. Quem está junto com o prefeito vai caminhar ao lado dele e quem está com a base do governo vai permanecer”. O interlocutor, contudo, não descartou que pode ocorrer mudanças durante este processo e afirmou que “depende de como se amadurecerá” as conversas na base do governo estadual.

Outro problema dentro da base do UB é o descontentamento do vereador Orlando Palhinha (UB), um dos aliados de Reis.

“Me entendo ser injustiçado no meu grupo político, mas lamentavelmente estou aqui, ainda sofrendo”, disse o parlamentar, na última segunda-feira (10), à Rádio Câmara. Na oportunidade, Palhinha chegou a pedir reconhecimento do chefe do Executivo de Salvador. “Estamos sofrendo do seu lado, espero teu reconhecimento”, pediu.

Para à imprensa, Palhinha também vem rasgando elogios ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Em entrevista à Rádio Câmara ainda, o vereador enalteceu os 100 dias de governo de Jerônimo. “Aproveito aqui a Rádio e TV Câmara para parabenizar o governador, porque o que nós sentimentos naquele café da manhã é um governador com vontade de acertar cada vez mais e com vontade de atrair a população para o seu lado”, elogiou.

O prefeito Bruno Reis (UB) minimizou as falas de Palhinha e considerou “normal” as divergências dentro do próprio partido.

“Eu não vou estar aqui patrulhando ninguém. Não faço política assim. Também não vou ficar censurando ninguém pelas suas palavras. Cada um tem as suas razões para fazer essa ou aquela colocação. É um direito de todos. Todos conhecem minha forma de trabalhar, de proceder as relações”, frisou Reis, na última terça-feira (11), em coletiva de imprensa.