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25 April 2024

Passageiro com passaporte roubado no voo desaparecido era iraniano de 19 anos

À medida que as investigações sobre o voo desaparecido da Malaysia Airlines continuam, o chefe da polícia nacional da Malásia afirmou nesta terça-feira que um dos dois passageiros que embarcaram no voo da Malaysia Airlines com passaportes roubados era do Irã e tinha 19 anos. Segundo Khalid Abu Bakar, o jovem tentava migrar para a Alemanha na tentativa de encontrar a mãe.

De acordo com o inspetor-geral Khalid Abu Bakar, a mãe de Pouria Nour Mohammad Mehrdad entrou em contato com autoridades da Malásia após a notícia do desaparecimento. Mehrdad estava viajando com um passaporte roubado na Tailândia no ano passado e não parece ter ligação com qualquer grupo terrorista.

Fotos divulgadas pela polícia da Malásia mostram os dois passageiros que embarcaram com passaportes roubados no voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu no sábado (8) entre Kuala Lampur e Pequim. À esquerda está o jovem identificado como Pouria Nour Mohammad Mehrdad, um iraniano de 19 anos. O outro homem ainda não foi identificado (Foto: Polícia da Malásia/AFP)

À esquerda, o iraniano Pouria Nour Mohammad Mehrdad. O outro homem não foi identificado (Foto: AFP)

 

O documento pertencia ao austríaco Christian Kozel, de 30 anos. “Sua mãe estava esperando ele chegar em território alemão. Ela fez contato com os oficiais da Malásia”, disse o chefe policial. Segundo Khalid, a identidade do outro passageiro que embarcou usando um passaporte roubado ainda está sendo investigada.

Com essas novas informações sobre os passaportes, diminui a possibilidade de terrorismo, mas a hipótese não foi totalmente descartada pela polícia. Segundo os itinerários eletrônicos, o outro viajante que tinha o passaporte roubado comprou o bilhete para Pequim e depois para a Europa ao mesmo tempo que o jovem Mehrdad.

A polícia da Tailândia disse que os dois bilhetes foram adquiridos por um intermediário iraniano, conhecido como Kezam Ali, por meio de uma agência de viagens. As passagens foram adquiridas em nome do austríaco Christian Kozel e do italiano Luigi Maraldi, ambos furtados pelos passageiros que estavam no voo.

“Eles poderiam apenas fazer parte de um contrabando ilegal de imigrantes”, disse um funcionário do governo dos Estados Unidos.