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20 May 2024
Foto: Arquivo Click Notícias

“PDDU vai dinamizar a economia da cidade”, diz Cláudio Tinoco

A Comissão do Orçamento da Câmara Municipal de Salvador será uma dos colegiados que vai debater o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador (PDDU), previsto para ser entregue pelo prefeito ACM Neto (DEM) amanhã.

O gestor soteropolitano já informou que prepara uma das mais modernas legislações urbanísticas do país, que tem como objetivo principal descentralizar o desenvolvimento econômico da cidade, com a criação de oportunidade em todas as macrorregiões da capital baiana.

Para o vereador Cláudio Tinoco (DEM), presidente da Comissão do Orçamento da Casa, o novo Plano Diretor tem uma importância para a cidade em vários aspectos, como uma melhoria da arrecadação pública e, consequentemente, de investimento na cidade por parte do poder público municipal.

“Destaco a adequação das ZEIS, as Zonas Especiais de Interesses Sociais, que acabam, nas regras atuais, levando à informalidade de micro e pequenas empresas que estão localizadas, sobretudo, em bairros populares, que estão hoje à margem da formalização dos seus negócios e, consequentemente, à margem também, não só da perspectiva de recolhimento dos seus tributos, associados a essas atividades, mas ao reconhecimento a partir da sua formalização da geração de emprego associado e da movimentação econômica”.

O vereador defende que o novo PDDU pretende dinamizar a economia da cidade. “Quando o Plano define, por vocação de determinadas áreas da cidade, um estímulo a atividades empresariais, como centros logísticos, acreditamos que isso vai dinamizar a economia da cidade, que hoje tem uma característica muito associada aos serviços, mas serviços associados à cadeia produtiva do turismo. Isso pode ser diversificado e ampliado ao conjunto de atividades que geram os tributos e associa-se à geração de receita pública”, defendeu.

Cláudio Tinoco citou como exemplo a região do Caminho das Árvores, que era uma zona exclusiva residencial, com a proibição de empresas, mas o PDDU de 2008 foi revisto e toda a região se desenvolveu dentro de uma vocação para o mercado de decoração.

“Temos uma cidade com adensamento muito grande, sobretudo na região da Orla e do Centro. E tem ainda regiões não só do miolo, como Cajazeiras, Pau da Lima, Castelo Branco, mas as regiões das bordas, nos limites da cidade, como é o Subúrbio, Cassange e o CIA/ Aeroporto. São áreas ainda com tradições do passado, quando eram áreas rurais de Salvador.

“Quando a prefeitura traz um plano e procura sugerir vocações dessas áreas, como áreas de desenvolvimento, não só de um adensamento populacional com novas residências, mas o objetivo é levar para essas áreas atividades econômicas que permitam a essa população ter acesso ao emprego e aos serviços”, explicou.

Por David Mendes/Tribuna da Bahia