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7 May 2025
Foto: Reprodução

“Perseguição foi o que eu sofri” disse Lídice da Mata sobre discurso de Neto

Durante coletiva realizada na última quinta-feira (12) o prefeito ACM Neto (DEM) comentou sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e acusou o governo petista de perseguição a Salvador. Em entrevista ao site Varela Notícias, a senadora Lídice da Mata (PSB) relembrou seus tempos de prefeita da capital baiana (1993 – 1997) e relatou como seu mandato foi prejudicado por influência do governo do estado, comandado até 1994 pelo ex-senador Antônio Carlos Magalhães e deste ano até 1996 por Antônio Imbassahy.

Lídice se surpreendeu com as declarações de Neto.

“Falar de perseguição de um governo desse é para quem não conhece na vida adversidades. Então com qualquer pequena adversidade se comporta dessa maneira, muito diferente do que eu tive. Quando caía encosta, os prepostos do governo não só não ajudavam como diziam que a responsabilidade era minha. Quando desapropriava, o governo vinha e sem combinação com a prefeitura, ao invés de ajudar na desapropriação em comum acordo, sentando e negociando, fazia por cima do governo municipal desapropriações iguais e não discutia. O governo do estado atualmente senta à mesa com o governo municipal, o governo federal também, coisa que não acontecia na minha gestão”, disse.

“Quase em todos os meus projetos tive dificuldade, até na reforma das escolas municipais, que a época foram financiadas pelo Banco Mundial, os recursos chegavam para o estado, que não repassava em tempo devido para o município. As obras atrasavam, as dificuldades eram imensas”, falou.

“A Limpurb era sabotada, o governo do estado se compôs com empresários que buscaram sequestrar os caminhões que nós conseguimos com o governo federal liberar. Eles buscaram interceptar esses caminhões com empresários mal intencionados e com pouco amor à cidade do Salvador. A sabotagem era total e os meios de comunicação – um especificamente – ligados à família do governador voltados dia e noite ao ataque à prefeitura. Até comercial chegou a ser rejeitado e censurado. Comercial pago pela prefeitura”, acrescentou.

“Era comercial dando conta de inaugurações, porque eles não noticiavam inaugurações da prefeitura. Na inauguração do Largo de Dinha, no Rio Vermelho, por exemplo, esteve o arcebispo primaz Don Lucas Moreira, Caetano Veloso, Gilberto Gil… nada disso era coberto pela imprensa na Bahia. Se a prefeitura não pagasse para sair o comercial informando a inauguração, as pessoas não tinham direito de saber”, polemizou.

Com informações do Varela Notícias