PM garante retirada da Guarda Municipal após ambulantes denunciarem agressão
As manifestações por causa da exclusividade da Schin continuam nesta terça (09) nos circuitos oficiais do Carnaval de Salvador e da consequente ação da prefeitura para tomar das ambulantes cervejas de outras marcas.
Os ambulantes denunciam os excessos da Guarda Municipal e cobram, sobretudo, a presença do prefeito ACM Neto (DEM) nas negociações. Enquanto Neto não se reúne com os ambulantes e com a polícia, os que tiveram as mercadorias tomadas, muitas vezes de forma truculenta, afirmam, estão cada vez mais revoltados.
“Depois ele faz uma gracinha na favela e todo mundo vota nele”, gritava uma manifestante no início desta tarde, em pleno Farol da Barra. “Esse prefeito é burro de não entender que ninguém bebe Schin”, afirmou outro, que teve de um PM uma resposta curiosa: “Eu também não bebo Schin”. O ambulante Renato Santos tentou até dar uma alternativa ao prefeito: “ACM tem que botar várias marcas pra vender aqui. Ele é malucou ou ganhou propina da Schin”, disse. Mas o que prevaleceu mesmo foram as cobranças.
Diante do impasse, a Polícia Militar garantiu que retiraria da região as patrulhas da Guarda Municipal, que estariam se excedendo no uso da força. Ainda assim, os vendedores não arredaram o pé em busca da liberação para comercialização de outras marcas de cerveja: “Não sai um trio até ACM Neto resolver isso. Ou então a gente toca fogo aqui”, afirmou Liliane Gomes.
O prefeito até se posicionou publicamente, via meios de comunicação, e a resposta aos protestos é de que se trata de “uma minoria de baderneiros” e que as “regras devem ser respeitadas”. Ao que parece, o impasse continua e a polícia vai ter que mostrar muito jogo de cintura na conversa com os protestantes para facilitar o desfile dos trios elétricos na Barra.