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3 May 2024
foto: Divulgação

“Prefeitura deve fazer sua parte”, diz Suíca em audiência sobre mobilidade em Santa Cruz

Reunindo representantes da Base Comunitária de Segurança (BCS), lideranças religiosas e de associações de moradores, a comunidade de Santa Cruz, em Salvador, discutiu sobre o sistema de mobilidade urbana da localidade, em audiência pública realizada na quinta-feira (31). Representando o Legislativo do município, o vereador Luiz Carlos Suíca (PT) esteve no evento e disse que “é importante que a comunidade discuta sobre a realidade em que vive e apresente suas queixas sobre o trânsito da região”. A principal reclamação dos moradores é que o intenso fluxo de veículos não tem sido organizado e, além disso, a frota de coletivos do ‘fim de linha’ tem prejudicado a passagem de pedestres e motoristas locais. “Já levamos demandas para os órgãos competentes. O problema é que o diálogo não é suficiente e a comunidade percebe a falta de ação. A prefeitura deve fazer sua parte”, frisa Suíca.

Quem também participou da mesa de debates foi a capitã da Polícia Militar (PM-BA), Sheila Barbosa, que atua na gestão da BCS de Santa Cruz. Ela relatou a importância da articulação entre os órgãos do poder público para solucionar questões de mobilidade. “Apresentei os problemas enfrentados pela comunidade em algumas secretarias do município, expliquei a atuação da PM no contexto oficial e social na tentativa de manutenção do bom funcionamento do trânsito. Mas, até o momento, só promessas. Não há garantias e nem prazos. Isso dificulta o acompanhamento da situação”, explica a comandante. Ela aguarda a instalação das placas de sinalização de trânsito da prefeitura para fazer uma campanha de conscientização entre comerciantes e moradores. Em suas falas, alguns dos moradores chegaram a ameaçar fazer um protesto, fechando a Avenida Lucaia ou fazendo uma manifestação na porta da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob).

Para o pastor evangélico, Claudimar Santos, “a falta de conscientização da população e o ‘pouco caso’ de muitos motoristas de coletivos também influenciam para o trânsito travar na região”. Uma das sugestões encaminhadas na Associação União Santa Cruz, segundo o líder comunitário Evaldo Batista Filho (‘Lêu Brasil’), é retirar o ‘fim de linha’ do local e dimensionar os transportes coletivos para funcionarem de modo ‘circular’. “O acúmulo de ônibus nas vias do bairro acaba dificultando a passagem de outros veículos. Como o espaço é apertado, os motoristas fazem manobras irregulares, colocando a vida das pessoas em risco. Além disso, o bairro não tem sinalização adequada, já que a prefeitura não toma iniciativa nesse sentido”, completa Brasil. Esta foi a segunda audiência pública sobre o tema – a primeira ocorreu em novembro do ano passado, mas os problemas ainda persistem.