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19 May 2024

Produção industrial recua 9% em agosto, a maior queda desde 2003

Na comparação mensal com julho deste ano, a produção caiu 1,2%, o pior resultado para o mês desde 2011, informou o IBGE, nesta sexta-feira

A produção industrial brasileira caiu pelo terceiro mês seguido. Em agosto, registrou queda de 1,2% na comparação com julho, o pior resultado para o mês desde 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Na comparação com agosto de 2014, a produção caiu 9%, pior resultado da série para os meses de agosto nessa base de comparação desde o início da série histórica, em 2003.

As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 1,55% na variação mensal e de 9,5% na base anual. Com o resultado, a indústria acumula queda de 6,9% no ano e de 5,7% em 12 meses.

Em relação a agosto do ano passado, a maioria dos setores analisados teve retração. O mais expressivo foi o de veículos automotores, reboques e carrocerias, que registraram queda foi 26,2%. Também pesaram as reduções de produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,7%), de máquinas e equipamentos (-15,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-30,3%), de produtos de metal (-15,7%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,7%), entre outros.

Por outro lado, ainda na comparação com agosto de 2014, entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (2,9%), “impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo”, diz o instituto.

Entre os tipos de produtos fabricados, os bens de capital tiveram queda de 33,2%, influenciados pela menor produção de caminhões e tratores, e os bens de consumo duráveis recuaram 14,6%, puxados pelas retrações na fabricação de automóveis, de eletrodomésticos da linha branca e da marrom. Também retraiu a produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,6%) e de bens intermediários (-5,5%).

Por : Veja