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1 May 2024
Foto: Felipe Freaza/ Click Notícias

Sob protesto de “golpe”, votação do plano municipal de educação fica para próxima terça

Em sessão na tarde de hoje (8) no plenário da Câmara Municipal, as bancadas de governo e oposição ensaiaram discutir e votar o polêmico Plano Municipal de Educação (PME), mas um acordo fez adiar a votação para próxima terça (14). Neste meio tempo, professores e educadores da rede municipal de ensino protestavam do lado de fora do parlamento municipal contra o plano.

A votação do plano nesta terça não teve apoio do parlamento. Indignados e frustrados, professores e educadores da rede municipal de ensino contrários à proposta exigiram a abertura do diálogo com os parlamentares e pediram uma audiência pública marcada para a próxima segunda (13) para debater os pontos polêmicos que envolvem o plano.

Foto: Reprodução

Foto: Felipe Freaza/ Click Notícias

De acordo com o vereador Sílvio Humberto (PSB), que se opõe sobre o Plano, o projeto ainda não foi discutido e está sem parecer das Comissões de Educação e de Constituição e Justiça da Casa. “Esta é uma matéria complexa que envolve 11 artigos e metas. O plano é complexo requer discussão e um debate mais aprofundado e mais amplo com a sociedade porque é algo que vai afetar a vida das crianças”, observou.

Presente na manifestação, um dos professores da rede municipal considera que plano é condenável do ponto de vista político-pedagógico e do ponto de vista financeiro. “É necessário uma discussão e quando o plano for democrático, participativo e popular, que seja enviado para a Câmara e seja votado. Dessa forma como está sendo feita é um golpe de ACM Neto para vender a educação de Salvador em ano eleitoral. Não se trata apenas de uma questão de privatização, e sim, de liberdade e autonomia do professor de promover políticas educacionais que possam transformar a sociedade com cidadãos críticos”, criticou.

Durante a sessão na Casa, dois vetos do prefeito ACM Neto foram aprovados, com voto contrário do vereador Hilton Coelho (PSOL) e abstenção de Aladilce Souza (PCdoB). O presidente da Casa, vereador Paulo Câmara (PSDB), outros três projetos serão votados na próxima terça.

Foto: Felipe Freaza/ Click Notícias

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A sessão foi finalizada por volta das 16h por alguns vereadores que criticaram o forte odor de tinta nas dependências do plenário.  Sob vaias e gritos dos profissionais da educação municipal, os vereadores ficaram quase que impossibilitados de sair do local. Ao tentarem sair das dependências do parlamento, integrantes da bancada de oposição, como os vereadores Hilton Coelho (PSOL), Aladilce Souza (PCdoB) e Moisés Rocha (PT), pediram calma aos manifestantes para explicar o motivo do adiamento da votação sobre o plano.

Por: Rafael Santana/ Click Notícias