Suíca pede revisão da gratificação dos profissionais de limpeza no Carnaval
O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) reivindica o aumento da gratificação dos profissionais de limpeza urbana que atuam na limpeza das ruas durante o Carnaval. “Os trabalhadores se esforçam para, além de limpar os bairros, irem para os circuitos da festa. Todos os anos as empresas dizem que não têm lucro e que fazem o serviço de graça, mas não é verdade. Há uma verba destinada para esta operação fora do contrato, mas as empresas não querem reajustar a gratificação, pagam o mesmo valor há dois anos”, afirmou o vereador.
Luiz Carlos Suíca se pronunciou sobre o tema durante reunião com o presidente da Limpurb, Kaio Moraes e a coordenadora-geral do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabelo, na sede da Limpurb, na sexta-feira (20). Suíca também disse que os trabalhadores não têm a opção de dizer que não querem ir trabalhar durante a festa. “Há ameaças de perder o emprego, há assédio moral”, denuncia o vereador.
Outra reunião ficou agendada com o presidente da Limpurb, Kaio Moraes, para esta terça-feira (24). “Nas empresas menores, elas ouvem os trabalhadores e perguntam o que querem comer. Nas empresas maiores, as que detêm um percentual maior da limpeza urbana, os trabalhadores não têm a opção, nem de escolher o lanche que vai ter. Não dá mais para ser assim, a gente está buscando aqui a valorização dos trabalhadores que, além do Carnaval, fazem a limpeza de diversas festas populares”, ressalta o vereador.
A coordenadora-geral do Sindilimp, Ana Angélica, destaca que o sindicato e o vereador seguem procurando uma solução para não deixar os trabalhadores nesta situação. “Não dá para fazer esse esforço por tão pouco. O trabalhador vai dar doze dias da sua força de trabalho, uma força que ele daria em 30 dias, é um esforço muito grande. O trabalhador chega na garagem 1h da manhã e sai 3h da manhã sem descansar, sem dormir direito. Quando são 6h da manhã, os blocos já acabaram e a rua está toda limpa. É um esforço que corresponde a 30 dias de trabalho, então a pessoa tem que ganhar o equivalente ao seu esforço, uma remuneração de 30 dias”, destacou a coordenadora do Sindilimp.