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29 March 2024

Testa três roteiros para chegar à Itaparica

Asfalto conservado, sinalização aparente e movimento ameno. O cenário de tranquilidade da BR-101, rodovia que serve como rota alternativa para chegar à Ilha de Itaparica, nem de longe remete ao sufoco sofrido pelos passageiros que chegam ao local via ferryboat.

O serviço, que desde março de 2013 é operado pela empresa Internacional Marítima, é alvo de constantes reclamações de passageiros que utilizam as embarcações para fazer a travessia São Joaquim-Bom Despacho.

Para quem tem carro, não abre mão de aproveitar os finais de semana prolongados e feriados na Ilha, mas cansou de penar nas enormes filas para embarque, uma boa opção é encarar a estrada.

A equipe de reportagem de A TARDE percorreu, no último sábado, três diferentes caminhos, através de rodovia, até a ilha. Em dois deles foram constatadas boas condições de tráfego.

Para percorrer a primeira rota, feita via Santo Antônio de Jesus, o grupo saiu de Salvador às 9h30. O trajeto começou pela BR-324 e seguiu até o entroncamento de Conceição de Jacuípe.

Em seguida, alcançou a BR-101 até Santo Antônio de Jesus, seguiu até Nazaré das Farinhas, via BA-028, e, por último, percorreu a BA-001, que liga Nazaré à ilha.



O percurso, desde o início da BR-324 até o terminal de Bom Despacho, totalizou cerca de 270 km, realizado em três horas e meia. Com ar-condicionado ligado, o veículo consumiu meio tanque de combustível.



Na pista, o tráfego estava tranquilo e a boa conservação do asfalto permitiu seguir em velocidade compatível à permitida (100 km/h). A calmaria da estrada possibilitou que a velocidade fosse reduzida para conferir a paisagem exuberante ao redor da BR-101.



No total, houve gasto de cerca de R$ 75, correspondente ao valor do combustível mais R$ 1,70 do pedágio situado na altura do município de Amélia Rodrigues. O preço é superior ao cobrado por um carro de menor porte no ferry, que custa R$ 46,70.



Animais na pista



Por volta das 13h, a equipe iniciou o segundo trajeto, via Cachoeira. Do município, o grupo seguiu pela estrada de Santo Amaro, alcançou Maragojipe e, de lá, chegou a Nazaré.



Após atravessar a Ponte do Funil e passar por Nazaré, o grupo chegou a Itaparica depois de percorrer 240 km, em tempo parecido ao da rota anterior: cerca de três horas.



Como na primeira rota alternativa, é preciso pagar pedágio. Os custos com o combustível foram de R$ 75. Na via, o único inconveniente foi a presença de alguns animais no acostamento na estrada próxima a Nazaré, o que exige maior atenção do motorista.



Nos demais pontos da rodovia, o tráfego foi tranquilo, e as boas condições da pista auxiliaram um trajeto mais veloz.



Buracos



O terceiro e último trajeto foi iniciado por volta das 16h30 e marcado por buracos na pista e falta de sinalização. O caminho é feito também via Cachoeira, no entanto, segue por São Roque do Paraguaçu, distrito de Maragojipe.

Após atravessar a Ponte do Funil e passar por Nazaré, o grupo chegou a Itaparica depois de percorrer 240 km, em tempo parecido ao da rota anterior: cerca de três horas.



Como na primeira rota alternativa, é preciso pagar pedágio. Os custos com o combustível foram de R$ 75. Na via, o único inconveniente foi a presença de alguns animais no acostamento na estrada próxima a Nazaré, o que exige maior atenção do motorista.



Nos demais pontos da rodovia, o tráfego foi tranquilo, e as boas condições da pista auxiliaram um trajeto mais veloz.



Buracos



O terceiro e último trajeto foi iniciado por volta das 16h30 e marcado por buracos na pista e falta de sinalização. O caminho é feito também via Cachoeira, no entanto, segue por São Roque do Paraguaçu, distrito de Maragojipe.

Diretor-executivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessoa avalia que o sistema ferryboat funciona de forma adequada.



“Não estamos vivenciando uma grande crise. É um período bom, não vejo grandes problemas”, avaliou.



Segundo Pessoa, os cinco ferries que estão em operação atualmente têm boas condições de funcionamento. Para ele, até o final de abril, quando devem chegar duas novas embarcações, compradas na Grécia, o sistema não terá maiores problemas.

“Com os novos ferries, a tendência é melhorar. Não vejo razões para optar pela estrada”, afirmou.



Preferência



De acordo com relatos de frequentadores de Itaparica, preferir a estrada ao ferry para chegar até as praias do local é uma tendência que vem crescendo nos últimos anos.

“Quem tem carro e pode desembolsar um pouco mais para pagar a gasolina, não faz mais a travessia via ferry. É perda de tempo”, disse o empresário João Tavares, 52 anos.

Tavares mora em Salvador e é proprietário de uma pousada localizada na praia de Caixa Pregos, em Vera Cruz.



Há cerca de cinco anos, o comerciante Silvano Correia, 45, que tem uma casa na praia de Aratuba, também em Vera Cruz, decidiu que não utilizaria mais o sistema ferryboat.

“Não vale a pena ficar horas na fila para fazer a travessia à bordo de ferries sucateados, que não oferecem o mínimo de conforto. Basta ter a disponibilidade para ir em um dia menos movimentado e, pronto, a viagem é uma maravilha”, disse.