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29 March 2024
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TRF-4 corre para tornar Lula inelegível

A ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex no Guarujá tramita em ritmo recorde e já chegou ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre; foi o trâmite mais rápido até agora, entre todas as apelações da Lava Jato com origem em Curitiba; foram apenas 42 dias, desde a sentença do juiz Sergio Moro, em julho, até o início da tramitação do recurso na segunda instância, nesta quarta (23); média dos demais casos foi de 96 dias; ritmo acelerado do processo sinaliza a intenção dos juízes do caso em correr para interferir no processo político brasileiro, em uma manobra para  tirar Lula das eleições de 2018, em que é líder absoluto nas intenções de voto todos os cenários; sem candidatos competitivos para as próximas eleições, uma das estratégias da direita brasileira é justamente usar o Poder Judiciário para tentar impedir o provável triunfo de Lula nas urnas. Os números da Lava Jato mostram uma certa obsessão com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O processo que condenou o ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão no caso do tríplex chegou em tempo recorde ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre.

Foram 42 dias, desde a sentença do juiz Sergio Moro, em julho, até o início da tramitação do recurso na segunda instância, nesta quarta (23). É o trâmite mais rápido até aqui, da sentença ao TRF, entre todas as apelações da Lava Jato com origem em Curitiba.

Eventual condenação em segunda instância do petista impediria sua candidatura a presidente nas eleições de outubro do ano que vem.

A média dos demais recursos, nesse mesmo percurso, foi de 96 dias –ou de 84 dias, se considerada a mediana (valor que divide os casos existentes em dois conjuntos iguais). O andamento dos processos variou entre 42 e 187 dias.

No total, 31 apelações da Lava Jato tramitam ou tramitaram no TRF-4. Cerca de metade delas já foi julgada.

“Caso seja proposital, é bastante preocupante e mostra o voluntarismo da Justiça em protagonizar outros papéis que não o de meramente julgar um caso. Querer interferir de outras formas na vida política e social do país é algo deletério”, diz Fábio Tofic Simantob, presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa e advogado de outros investigados da Lava Jato.