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29 April 2024

Um ano de manchas de óleo no Nordeste: relembre um dos maiores desastres do país

O aparecimento de manchas de óleo nas praias do Nordeste (NE), um dos maiores desastres ambientais já registrados no país, completa um ano neste domingo (30). Em 30 de agosto de 2019, há exatos 366 dias, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou os primeiros vestígios de petróleo cru em Conde e Pitimbu, na Paraíba. Até fevereiro deste ano, foram recolhidas 5.379,76 toneladas de resíduos na costa, diz o órgão.

Na Bahia, o óleo chegou em outubro do ano passado, em Mangue Seco, no norte do estado, e atingiu Salvador no dia 10 daquele mês. Ao longo das semanas, as manchas foram se espalhando por todo o litoral baiano e chegou ao Parque de Abrolhos, em novembro. O Ibama informou que 459,49 toneladas do petróleo cru foram retiradas das praias baianas até fevereiro. Na capital, 14 praias foram atingidas, das quais foram retiradas 139,581 toneladas do óleo, segundo a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).

ÓLEO também atingiu praias do Ceará

ÓLEO também atingiu praias do Ceará (Foto: Fabio Lima)

Centenas de pessoas se mobilizaram em diversas localidades do litoral para limpar os vestígios que apareceram nas praias. Com isso, alguns grupos surgiram, como o Guardiões do Litoral. Em Pernambuco, presos do regime semiaberto puderam participar das ações e reduzir a pena.

Uma operação da Polícia Federal foi deflagrada para identificar a origem do óleo na costa brasileira. Um navio grego, o Bouboulina, foi apontado como o responsável pelo derramamento do resíduo. A Marinha do Brasil diz que o óleo veio da Venezuela, mas até hoje não conseguiu apontar os culpados pelo desastre que causou impacto nos estados nordestinos e em parte do Sudeste.

Um ano após a chegada de óleo no Nordeste, a situação dos mares está pior do que era antes e o trabalho de pesquisa realizado pelo Instituto de Geociências da Ufba (Igeo) de identificação das novas manchas que apareceram em Salvador há cerca de dois meses foi congelado por conta da pandemia.

Exatos 366 dias depois do maior desastre no litoral brasileiro, o CORREIO fez uma retrospectiva com tudo o que você precisa saber sobre as manchas de óleo no Nordeste.

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