Data de Hoje
26 April 2024
Foto reprodução

Uma criança morre e outra está internada em estado grave por ingerir achocolatado contaminado

Neste fim de semana, começaram a circular nas redes sociais, sobretudo no WhatsApp, informações, prints de documento, fotos e mensagens de áudio com informações sobre outras mortes relacionadas ao produto contaminado, inclusive em Mato Grosso do Sul. Jornal Midiamax teve acesso a algumas dessas mensagens, dentre as quais há relatos de outras crianças, além do caso de Cuiabá, que teriam morrido após ingerir o achocolatado.

A Polícia Civil do Estado está investigando a morte de uma criança de dois anos de idade, que deu entrada na Policlínica do Coxipó com parada cardiorrespiratória, supostamente causada após ingerir uma bebida achocolatada, nesta quinta-feira (25). A mãe do menino registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica).

POLICLÍNICA DO COXIPÓ(1)

Um adolescente de 17 anos da mesma família também foi internado no Pronto-Socorro de Cuiabá. Ele também teria ingerido a bebida e deu entrada na unidade hospitalar passando mal e vomitando muito.

Segundo relato da mãe da criança, de 28 anos, o filho tomou o achocolatado, da marca Itambé, por volta das 9h, na casa da família, no Bairro Parque Cuiabá, na capital, passando mal minutos depois.

Boatos começaram a circular nas redes sociais, sobretudo no App WhatsApp:

“Bom dia, meninas. Realmente, eu acabei de passar uma informação sobre o Toddynho “(Atenção, muitas pessoas chamam os achocolatados de qualquer marca de e aí eu fui ligar pra minha mãe para avisar ela referente ao Toddynho, porque ela gosta de comprar Toddynho pra dar pra Rebeca, que a Rebeca ama Toddynho. Aí ela me falou que tava vindo de um velório da filha da vizinha de dois amigos, que tomou o Toddynho e faleceu. Então realmente a história é verídica, é verdade. Todo cuidado é pouco”, traz um dos arquivos de áudio.

Em outro áudio um rapaz aponta a marca “Itambezinho” do fabricante Itambé.

Em decorrência do fato, a Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso emitiu um memorando circular na última sexta-feira (26) determinando interdição imediata de um lote do achocolatado Itambezinho, da marca Itambé.

De acordo com o jornal Gazeta Digital, de Cuiabá, a polícia também trabalha que a bebida tenha sido contaminada fora da fábrica, já que o produto foi vendido por um adolescente da vizinhança, que desapareceu. Segundo o jornal, o jovem seria usuário de drogas e suspeito por atos infracionais na região.

Investigações

O produto envolvido com o único fato realmente comprovado, em Cuiabá, é da marca Itambé – o Itambynho. Apesar de ainda não descartar contaminação no lote do achocolatado, a Deddica (Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente), que investiga o caso, também considera a possibilidade de envenenamento intencional das unidades presentes na casa da vítima, já que estes foram vendidos por um adolescente, morador da vizinhança, que está sumido.

A polícia aguarda os laudos da necrópsia feita com amostras de tecido do estômago da criança, a fim de identificar a substância que a vitimou. Já a empresa Itambé divulgou nota em que afirma ter ficado ciente do ocorrido e que acompanha e auxilia a apuração dos fatos.

Confira a nota na íntegra:

“A Itambé foi notificada dos fatos ontem, relatados em Cuiabá, relacionados ao suposto consumo de um produto da linha de achocolatados Itambezinho (200ml). A empresa está em contato permanente com a Vigilância Sanitária regional e auxiliando na apuração dos fatos.

O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote.

A Itambé realiza regularmente provas internas e em laboratórios externos de seus produtos e reitera seu compromisso com a qualidade. A empresa já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e continuará trabalhando em conjunto para outros esclarecimentos que se fizerem necessários”.

Click Notícias Com Inf: G1