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5 May 2024

Vereador desenvolve aplicativo para auxiliar no combate à violência contra a mulher

Vereador desenvolve aplicativo para auxiliar no combate à violência contra a mulher

Foto: Valdemiro Lopes / Ascom-CMS

 
Um aplicativo inspirado na ideia do Botão do Pânico pode ser lançado, em Salvador, para ajudar no combate à violência contra as mulheres. A ideia é que, por meio do celular, as mulheres que sofram ameaças de seus companheiros ou ex-maridos possam acionar a polícia. O aplicativo do Botão do Pânico foi desenvolvido pela equipe do presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Paulo Câmara (PSDB), e necessita de um trabalho conjunto entre o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, a Secretaria de Segurança Pública do Estado e a própria Prefeitura para funcionar. “O aplicativo é gratuito e todo mundo vai poder baixar, mas primeiro será preciso que as mulheres realizem um cadastro no Tribunal de Justiça e seus dados serão, automaticamente, remetidos à Secretaria de Segurança quando o aplicativo for acionado. Ainda vou me encontrar com o secretário [de Segurança] Maurício Barbosa, para discutir o assunto”, explicou Câmara ao informar que, nesta quinta-feira (20), apresentou o projeto ao presidente do Tribunal, desembargador Eserval Rocha, que foi simpático à ideia. Questionado sobre o alcance da iniciativa para as mulheres que não têm smartphones, o vereador disse que sua equipe já trabalha para desenvolver uma ferramenta que funcione em celulares mais simples. “Hoje em dia, as classes C e D são grandes consumidoras dos smartphones, mas entendemos que atingir as mulheres das classes mais pobres ainda seja um limitador do nosso projeto. Minha equipe de TI (Tecnologia da Informação) já está desenvolvendo uma ferramenta que funcione por mensagem de texto”, afirmou. Segundo o vereador, o aplicativo levou cerca de 90 dias para ser desenvolvido e sua adaptação precisará de, no mínimo, mais 150 dias para ser finalizada. Embora não tenha revelado a quantia gasta para desenvolver o aplicativo, Câmara disse que não foi utilizado recurso público no projeto. “Essa é uma contribuição minha. Não usei dinheiro público nem vou pedir. O aplicativo será gratuito”, garantiu o vereador. A ideia, de acordo com o presidente da Câmara, é que o aplicativo também seja utilizado, futuramente, para combater outros tipos de violência, como a cometida contra crianças e adolescent