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18 May 2024

‘Vou morrer sem ter feito nada’, disse manicure em mensagem; amiga confessou assassinato

A manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, de 22 anos, trocou mensagens com uma amiga horas antes de ser morta. Os textos deixavam transparecer seu medo. A jovem foi achada morta com um tiro em uma cachoeira de Campo Grande (MS). Nas mensagens, enviadas pelo aplicativo WhatsApp, ela demonstrava intenção de conversar com a suspeita, Gabriela Antunes Santos, 20, para resolver a desavença entre as duas, causadas por ciúmes.

Gabriela se apresentou na segunda-feira (15), depois de ficar um mês foragida. Emilly Karoliny Leite também está presa desde o início das investigações, acusada de ajudar no crime. Ela afirmou em depoimento que não imaginava que Gabriela seria capaz de matar a amiga.

Mensagem de WhatsApp (Foto: Reprodução)

A manicure diz que nas mensagens que teve um relacionamento com o marido da suspeita no passado, quando os dois ainda eram solteiros. Diz também que não vive de passado e conclui que vai morrer sem ter feito nada. “Mas eu não falei nada porque a gente não era casado. Ela falou nunca na vida entrei em carro de Pedrão e agora vou morrer sem ter feito nada”, afirmou Jennifer na conversa com uma amiga que tinha em comum com Gabriela.

A polícia contou que a testemunha afirmou que intermediou um contato entre a suspeita e a vítima, a pedido de Gabriela. A intenção era que as duas se acertassem, mas Gabriela armou uma emboscada para a manicure. “Ela ia intermediar essa rusga que havia entre as duas, Jeniffer e Gabriela”, diz ao G1 o delegado Alexandre Evangelista. “O que tinha nas mensagens era justamente tirar a limpo essa situação de que o fato havia ocorrido há muito tempo ou se era recente, porque o que a Gabriela nos relata é que a Jeniffer mantinha ainda relacionamento com o marido dela”.

Em uma das últimas mensagens trocadas, a testemunha diz para Jeniffer não entrar no carro com Gabriela. A polícia diz que a testemunha não sabia que Gabriela planejava matar a manicure, no entanto.

 

O delegado explica que a suspeita acusava Jennifer de ter uma relação amorosa com seu marido. Para executar seu plano de matar a manicure, Gabriela teve ajuda de Emily Karoliny Leite, 19 anos, além de uma adolescente de 15 anos.

Ela descobriu no dia do crime que Jennifer estava na casa de um cliente fazendo unhas. Ela ligou para a vítima e disse que precisava conversar com ela, combinando de ir buscá-la. Ela foi de carro, acompanhada por Emily e pela adolescente. A suspeita dirigiu até a cachoeira e pediu para as amigas que levassem Jennifer para dentro de um matagal. “Eu achei que ela iria apenas tirar satisfação e, no máximo dar uma surra nela. Ninguém imaginava que ela estava com uma arma embaixo do banco. Eu me arrependo de sair com ela sem saber o que ela estava planejando”, disse Emily à imprensa.